Comissão avaliará impactos causados por empreendimentos em São Carlos
A Câmara de São Carlos criou a Comissão de Estudos para a elaboração e a avaliação dos impactos ambientais locais causados por empreendimentos em São Carlos. A comissão foi publicada no Diário Oficial de terça-feira (14) e será presidida pelo vereador Antônio Carlos Catharino (PTB). Também compõem a comissão os vereadores Edson Fermiano (PR), Maurício Ortega e José Luís Rabello (PSDB) e Lineu Navarro (PT).
As primeiras reuniões devem acontecer após o início das sessões ordinárias, que serão retomadas na próxima terça-feira (21). “Essa comissão tem por objetivo elaborar, avaliar e apresentar estudos e relatórios dos impactos ambientais sofridos por São Carlos nos últimos anos. As avaliações dos impactos ambientais locais passaram a ser de competência do município e a Câmara, como agente fiscalizador, necessita participar dessas discussões”, disse Catharino.
Na opinião do vereador, a cidade tem apresentado um desenvolvimento econômico importante nas últimas décadas e o desafio que se propõe ao poder público é continuar pensando no desenvolvimento, sem deixar as questões de sustentabilidade e qualidade de vida de lado.
“A Câmara precisa cobrar um diagnóstico. Será que estamos preparados para receber novos investimentos? A construção civil apresentou um ‘boom’. Nos últimos anos, tivemos a construção de mais de cinco mil moradias na cidade. De que forma a infraestrutura da cidade foi preparada para tais investimentos? Portanto, precisamos pensar, discutir e cobrar ações agora para não sofrermos severos impactos ambientais no futuro”, argumentou Catharino.
Questionado sobre qual ponto da infraestrutura da cidade necessita de maior atenção, Catharino elencou as redes de água e esgoto. “São muito antigas, não comportam o volume dos novos empreendimentos. As redes de água e esgoto recebem volume de 6 milhões de litros por dia. São mais 180 milhões de litros de água e esgoto por mês. Caso não tenhamos uma rede preparada para receber esse volume, o meio ambiente ficará extremamente comprometido”.
A comissão deve contar com o apoio da sociedade civil, poder público, institutos de pesquisa e universidades, segundo Catharino.
