ELEIÇÕES 2020 – Abstenção tende a subir, diz consultor
Hoje, o Senado Federal votará a Proposta de Emenda à Constituição nº 18/2020, que trata do adiamento das eleições municipais, previstas para outubro deste ano. Caso aprovada pela Casa e depois pela Câmara Federal, as eleições serão realizadas em meados de novembro. De acordo com o consultor político Carlos Manhanelli, mesmo com a mudança, a abstenção tende a aumentar nas eleições deste ano.
“A abstenção vai aumentar, tanto pela pandemia, muita gente vai evitar de ir às urnas e pelo desânimo com a política, as brigas entre os poderes, isso leva as pessoas a um descrédito muito grande em eleger as pessoas que não estão resolvendo e nunca resolveram a situação de cada munícipe principalmente”, salientou Manhanelli.
No entanto, o consultor destacou que, pelo fato da eleição ser municipal, a abstenção pode aumentar em menor grau. “O eleitor deverá eleger alguém que resolva os seus problemas. E como dizia Ulysses: as pessoas vivem na cidade, não vivem no estado e no país. E a cidade sempre desperta interesse em quem mora nela”.
Manhanelli também ponderou sobre o efeito do adiamento das eleições na disputa eleitoral. “Isso irá beneficiar a oposição aos prefeitos e vereadores que estiverem bem-avaliados pois a oposição terá mais tempo para mostrar os erros de quem está bem-avaliado, já aqueles que estiverem mal-avaliados terão mais tempo para expor suas realizações. Ou seja, a conjuntura local vai definir quem sairá fortalecido”.
Por fim, quanto à ideia de aumentar a campanha na televisão, Manhanelli disse que as campanhas devem ser aumentadas nas inserções. “Os programas não fazem mais diferença nos votos. As pessoas não enxergam no programa um informativo e quase ninguém mais vê. As inserções, que são de 30 segundos, levam uma mensagem sintética e contundente daquilo que se pretende fazer”.