Governo Airton vai enfrentar a CPI da Saúde
Com 17 assinaturas, a Câmara de São Carlos aprovou requerimento do presidente da Comissão de Saúde do Legislativo, Lucão Fernandes (PMDB) sugerindo a instauração da segunda CPI do governo Airton Garcia (PSB). Depois do lixo, o foco de investigações será o fechamento das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de São Carlos. Apenas os vereadores Julio Cesar (DEM), Chico Loco (PSB) e Robertinho Mori (PSDB) não assinaram o documento. Na próxima sessão, devem ser escolhidos os membros da Comissão.
A CPI tinha o apoio do parlamento desde a semana passada, mas o secretário de Saúde, Caco Colenci, compareceu à Câmara para informar a respeito de uma tentativa de acordo com a Santa Casa, com o objetivo da entidade filantrópica assumir a gestão hospitalar. No mesmo dia, houve uma reunião na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Santa Felícia para tratar do assunto, mas depois de uma semana, o assunto não teve evolução. “O hospital entende que há riscos judiciais em assumir essa responsabilidade, inclusive um parecer jurídico da entidade desaconselha a medida”, informou.
Lucão Fernandes tornou a criticar a Prefeitura por não aceitar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público (MP).
“Acompanhamos as três últimas audiências que ocorreram no Ministério Público e percebemos um desejo pequeno do poder executivo em assinar o TAC, tentaram esvaziá-lo, o promotor percebeu isso e não deu mais opção para acordo. Por isso não podemos ficar aguardando a solução da Prefeitura enquanto a população carece de atendimento”, afirmou.
Escala
Lucão Fernandes apontou a escala médica da UPA Vila Prado. Segundo ele, a unidade trabalha com 12 médicos no plantão 24 horas. “A UPA Vila Prado tem três consultórios. Precisam improvisar um quarto consultório para os médicos trabalharem. Com essa escala, acredito que há segurança para reabrir ao menos mais uma UPA. Existe a dificuldade de quem mora no Aracy para se deslocar durante à noite para ser atendido na UPA da Vila Prado, por que não reabrir a do Aracy?”.
De acordo com Lucão, há um descontentamento do funcionalismo público das outras duas UPAs que estão fechadas, uma vez que em parte do tempo de trabalho, ficam de braços cruzados por causa do acúmulo de servidores em uma única UPA. “Eles estavam ali sem fazer atividade e bravos porque não estão em seu local de trabalho”.
OUTRO LADO
O secretário de Saúde, Caco Colenci, disse que a Prefeitura é obrigada a ter quatro médicos em cada UPA no plantão 24 horas. No caso da Unidade da Vila Prado são necessários três médicos em cada plantão. “Existe uma oscilação de profissionais por conta de atestados e faltas, então decidimos concentrar o atendimento em uma única unidade, mesmo que exceda o número de profissionais necessários ao atendimento”, disse.
