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Interpelação a Altomani rende debates entre petista e presidente da Câmara

12/08/2015 07h05 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Interpelação a Altomani rende debates entre petista e presidente da Câmara

A interpelação judicial ao prefeito Paulo Altomani (PSDB) ainda rendeu discussões na sessão de ontem, da Câmara de São Carlos. O vereador Ronaldo Lopes (PT), que integra a Mesa Diretora do Legislativo, deixou a reunião, que acontecia no gabinete da presidência e subiu à tribuna para revelar os pormenores do encontro, que não havia terminado.

Ele revelou que a Câmara decidia pelo fim da interpelação por conta das falas do prefeito, que na última semana disse que foi “mal interpretado” e que o seu discurso não levantava dúvidas sobre a transparência das finanças do Legislativo, mas da falta de empenho dos vereadores em apresentar requerimentos e trabalhar junto a deputados em São Paulo e Brasília, buscando recursos para o município.

“Isso é conversa para boi dormir. Ele ignora os documentos enviados pelos vereadores, como cobrar mais empenho e transparência no envio de requerimentos? Até quando vamos baixar a cabeça para esse irresponsável? [o prefeito]”, questionou o vereador Ronaldo Lopes.

O vazamento do teor da reunião enfureceu o presidente da Câmara, Lucão Fernandes (PMDB). Ele disse que Ronaldo Lopes tratou o assunto de forma leviana ao abandonar a reunião e levar o conteúdo dela à tribuna da Câmara. “Falar que a decisão já estava pronta fere demais. Nós consultamos o Departamento Jurídico da Casa, que analisou a fala do prefeito e os seus esclarecimentos no dia seguinte. A interpelação judicial não daria em nada”, desabafou.

Lucão continuou: “A lei nos garante repasses de 6% do Orçamento e só usamos 3%. Já devolvemos quase R$ 1 milhão porque entendemos a crise pela qual a Prefeitura está passando. Nós precisamos anular essas questões de ataque e lutarmos pela unidade na Câmara. É somente dessa maneira que podemos contribuir para a cidade sair da crise”, comentou.

Ronaldo voltou a falar do assunto. Disse que não insinuou que a decisão estava pronta, mas que foi voto vencido entre os integrantes da Mesa Diretora. 

Ponderado, o vereador Aparecido Donizetti Penha (PPS) concordou com a decisão do presidente Lucão. “O meu foco é na interpretação jurídica. Conversei com alguns advogados, com o próprio vereador Edson Fermiano (PR), que nos informaram que a partir da retratação do prefeito, o fato perdeu a sua criminalização. Acho que levar essa discussão para a seara política não é o caminho. É uma solução inócua”, declarou.

 

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