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Júnior Trevisan perde os direitos políticos por 8 anos

05/12/2013 21h27 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Júnior Trevisan perde os direitos políticos por 8 anos

O empresário Júnior Trevisan está na condição de inelegível, segundo ação proposta pelo juiz da 410ª Zona Eleitoral, Wyldensor Martins Soares. A coligação “Voltar para Crescer”, formada pelos partidos PSDB, PMDB e PRB elencou 18 supostas irregularidades cometidas pela coligação “Por uma Ibaté de Todos Nós” durante o processo eleitoral. Também ficaram inelegíveis por oito anos João Siqueira Filho (PP), que foi prefeito interino de Ibaté, Waldir Siqueira (PTB), que entrou como candidato a vice-prefeito de Júnior Trevisan um dia antes das eleições e Itá Falacci. Além disso, a Justiça aplicou multas.

 

O advogado de Trevisan, Antônio Tito Costa, afirmou que estuda a decisão do juiz para encaminhar recurso e demonstra confiança em resultado positivo. “A sentença está bem escrita, mas existem algumas contradições. Como advogado de defesa não revelo quais são essas contradições, mas acredito na sustentação delas no recurso que vamos mover”, afirmou.

Júnior Trevisan teve 8.802 votos nas eleições suplementares de outubro passado. A ação movida pelos advogados da coligação da prefeita Lú Spilla (PSDB) levantou 18 irregularidades cometidas durante a campanha pelos adversários: contratação de estagiários, realização de concurso público em época de eleição, transferência de servidores, utilização de servidores para fins eleitorais, empréstimo de dois tratores ao Banco da Terra, aumento de subvenções para entidades, realização de propaganda em período vedado, promessa de distribuição de bens como senhas de inscrição em programas habitacionais, aumento de gastos com publicidade, distribuição de caminhões de terra e de cestas básicas, entrega de medicamentos não licitados por meio de compra direta, promessa de entrada gratuita no Rodeio de Ibaté, transferência de servidores, abuso de direito em função da substituição do candidato a vice-prefeito, falsificação do jornal Folha de Ibaté com a divulgação de uma pesquisa eleitoral que não foi registrada na Justiça, entre outras acusações.

De acordo com a sentença do juiz Wildensor, Trevisan, Siqueira, Waldir e Falacci foram condenados pela prática de abuso de poder político e de autoridade, bem como uso indevido dos meios de comunicação.

Os três primeiros terão de pagar uma multa de 50 mil Unidades Fiscais (UFIRs), o que equivalem a R$ 120 mil. Falacci ainda é investigado por desobediência.

 

OUTRO LADO

O advogado de Trevisan, Antônio Tito Costa, disse que essa decisão não interfere na contestação do registro de candidatura da atual prefeita Lu Spilla. “Caso Júnior Trevisan seja chamado a ocupar o cargo de prefeito, ele poderá, pois essa ação de abuso de poder econômico precisa estar transitado em julgado”, observou.

O ex-prefeito interino João Siqueira Filho contesta a acusação. “Não fiz nada de errado. As ações que realizei como prefeito interino visavam não deixar a cidade parada”, argumentou.

Para Waldir Siqueira, houve injustiça nessa decisão. “Isso tudo é armação da oposição. Todas as ações do prefeito João Siqueira estão documentadas e embasadas na lei. A Justiça não nos deu o direito de defendermos das acusações”, explicou. Falacci não foi encontrado para comentar a condenação.

 

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