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Laíde diz faltar politização da mulher são-carlense

20/10/2012 12h58 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Laíde diz faltar politização da mulher são-carlense

Com três mandatos como vereadora, Laíde das Graças Simões (PMDB) conquistou pela quarta vez a cadeira do legislativo de São Carlos com 2.765 votos, perto de 700 votos a mais que a eleição de 2008. O trabalho voltado ao cuidado e proteção aos animais é a marca da parlamentar que durante quatro anos foi a única mulher na Casa de Leis e  nos últimos dois anos presidiu a Comissão de Legislação, Justiça e Redação da Câmara.

Na avaliação de Laíde, mesmo com os partidos cumprindo a cota de proporcionalidade entre homens e mulheres na composição das chapas (leia texto a baixo), o quórum feminino eleito ainda foi muito baixo na Câmara. Para o próximo mandato que começa em 2013, Laíde terá apenas a companhia da Maria Aparecida dos Santos, conhecida como Cidinha do Oncológico (PHS).

Em 2000 quando entrou como vereadora eram cinco mulheres, de lá para cá o número só veio reduzindo. “Eu esperava mais, já que aumentou o número de candidatas e os partidos obedeceram a legislação atendendo a cota de proporcionalidade. Eu acredito que tem muita mulher na cidade que poderia estar na Câmara levantando a bandeira e representando o seu segmento. Mas infelizmente, essas mulheres não se predispõe a participar de política. Eu não se explicar o porque”, disse ao explicar sutilmente que falta politização no gênero.

Laíde afirma que para concorrer a um cargo político é necessário que se tenha um trabalho de base. Algo que possa apresentar à comunidade e que dê respaldo ao voto do eleitor. “Eu acredito que as mulheres envolvidas com a comunidade talvez percebam que a política não seja o caminho para continuar o seu trabalho. Com isso, aquelas que têm uma base não querem entrar”.

A vereadora peemedebista antes de concorrer em 2000 por uma vaga no legislativo já atuava na proteção aos animais há pelo menos 15 anos. Ela afirmou que entrou na política porque acreditava que iria fortalecer o trabalho e conquistar políticas públicas na área, como atestadamente conquistou. “Hoje São Carlos é modelo no cuidado com animais e no controle de natalidade”, relatou.

RODEIOS – Como legisladora Laíde disse ser contrária a realização de rodeio, aqui ou em qualquer outro lugar. Nesse período criou projeto de lei que disciplinasse a realização de festas com essa característica. Contudo, o parecer jurídico da Câmara contestou a proposição, afirmado que, só pode ser feita pelo Executivo e não pelo Legislativo.

“Sutilmente, criei leis que trazem algumas barreiras para a realização de festas com animais, mas em São Carlos não existe uma legislação que proíba o rodeio como a que já existe em Araraquara, por exemplo, criada por Marcelo Barbieri (PMDB)”, ressaltou.

Laíde disse que o novo prefeito, Paulo Altomani (PSDB), está cercado por grupos que tem interesse na realização de rodeio na cidade. “São pessoas que o apoiaram e que exigem isso dele. Agora, eu ainda não conversei com Altomani e não sei qual é a postura dele sobre o assunto. Mas posso garantir que eu sou radicalmente contra rodeios”, declarou.

O PMDB segundo Laíde, agora uma bancada ampliada, tem uma postura de colaborar e ajudar o prefeito a trazer benefícios e frutos para a cidade. “Se houver um acordo entre o partido e a coligação que vai governar a cidade a partir de 2013, a postura do PMDB será de colaboração visando a melhoria da cidade” finalizou.

Cota de proporcionalidade foi cumprida nas eleições

A Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, fiscalizou e exigiu, a proporcionalidade entre os gêneros na montagem da chapa para vereador serão fiscalizadas e cobras dos partidos políticos. A cada dez candidaturas a vereador, pelo menos três foram preenchidas por mulheres, ou vice-versa em casos nos quais houveram mais mulher que homem na composição do quadro partidário.

Segundo o promotor público eleitoral de São Carlos, responsável pela Zona eleitoral 410ª que abrange 19 pontos de votação em São Carlos e também a cidade vizinha Ibaté, Marcos Roberto Funari, a proporcionalidade foi exigida com a possibilidade de se impugnar candidaturas dos partidos que não cumprirem rigorosamente a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Estipula-se que pelo menos 30% sejam candidatas mulheres pelo histórico brasileiro de se ter poucas candidaturas femininas nas eleições passadas. As cotas femininas para as eleições foram estabelecidas por uma lei federal de 1997, e garante a cota para os cargos de vereador, deputado estadual, federal e senador. O dispositivo foi burlado por muitos partidos durante os últimos 14 anos porque o texto original da lei não era claro o suficiente, e dava a entender que as cotas não eram obrigatórias, segundo texto explicativo no site do TSE.

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