Para Targino, houve demora da Prefeitura para definir convênio
Com o impasse da conclusão e envio do projeto firmado entre Prefeitura Municipal e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para que fosse analisado e aprovado pela Câmara Municipal, o reitor da instituição, Targino de Araújo Filho, considera que houve atraso por parte do governo municipal em propor soluções que evitassem a crise já anunciada para a continuidade do curso de Medicina. “O documento com as alterações necessárias para o curso de Medicina foi enviado à Prefeitura no começo deste ano, e somente após a paralisação dos alunos é que as conversas tiveram início”, reclama Targino.
Um novo formato de convênio entre as partes foi enviado em janeiro de 2013 ao prefeito e previa alterações necessárias que ofereceriam melhores condições do curso de Medicina que, após o início das aulas, foi paralisado pelos estudantes por considerarem impossível a continuidade das aulas com 60% da sua grade curricular comprometida por falta de estrutura acadêmica e de extensão.
A aluna Stephania de Araújo Rodrigues, presente à sessão, afirmou que os estudantes não encerrarão a greve até que os médicos preceptores estejam realmente em atuação.
Mesmo após a aprovação do projeto pela Câmara, dá-se início a um outro processo: o de credenciamento e contratação dos profissionais pela UFSCar.
“A greve não acaba imediatamente porque ainda nós, estudantes, não conseguimos voltar para aulas práticas, pois os preceptores ainda não estarão em atividades e não temos garantia nenhuma de quando serão contratados”, explica Rodrigues.
Ela também destaca que os alunos ainda correm o risco de não terem profissionais interessados na preceptoria e que alguns coordenadores do curso já estariam se envolvendo para manter um diálogo com os preceptores para que haja adesão ao serviço.