Prefeituráveis pretendem gastar até R$ 15 milhões
Os seis candidatos a prefeito de São Carlos, projetam, somados, um total de gastos de até R$ 15.065.000,00 na campanha eleitoral deste ano. A maior previsão de gastos é do tucano Paulo Altomani, que chega a R$ 6,5 milhões. Os seus adversários Oswaldo Barba (PT) e Eduardo Cotrim (PMDB) pretendem gastar R$ 4 milhões cada. José Benedito Sacomano (PPL) planeja utilizar até R$ 1 milhão durante a corrida eleitoral. Os candidatos mais econômicos são Flávio Lazzarotto (PSOL). Ele declarou um gasto máximo de R$ 50 mil. O mais “pão duro” dos seis candidatos, porém, é mesmo Ronaldo Motta (PSTU), que espera gastar com a campanha apenas R$ 15 mil.
Em cidades médias como São Carlos boa parte destes gastos é utilizada para a publicidade eleitoral em rádio e TV, sob a coordenação dos marqueteiros. O publicitário Osvaldo Luís Batista, diretor da Ozônio, empresa de propaganda e marketing de Piracicaba (SP), que atua no setor eleitoral desde 1997, afirma que uma campanha numa cidade do porte de São Carlos, com programas de televisão custa entre R$ 250 mil e R$ 1 milhão dependendo da estrutura utilizada.
Batista, que em 2004, participou da campanha de Barjas Negri (PSDB), que obteve 89% dos votos em Piracicaba, atualmente trabalha com campanhas eleitorais em Piracicaba, Cerquilho, Tietê, Rio Claro e Araçatuba, já tem várias vitórias no currículo e afirma que um bom marqueteiro é essencial para a publicidade do candidato. “No mundo de hoje, onde a comunicação entre candidato e eleitor se dá muito através da mídia eletrônica, é fundamental termos um bom marketing para estas mídias”, ressalta ele.
Para o consultor político e aluno de mestrado em Ciência Política da UFSCar, Edmir Pereira, o marqueteiro é um personagem importante para cidades médias e grandes. Ele enfatiza que o marketing tem a capacidade de uniformizar a campanha com uma mensagem organizada. “O marqueteiro consegue uma identidade para a apresentação do candidato”.
Por outro lado, ele comenta que é por isso que os marqueteiros marcam presença em cidades médias da região, como Rio Claro, São Carlos e Araraquara. “Nas cidades menores, onde não há programas de TV, o marketing perde força. A campanha é realizada através de jornais, panfletos e no programa radiofônico. Assim, o candidato tem que apostar mais no corpo a corpo, no contato direto com os eleitores. As reuniões e o gasto da ‘sola de sapato’ se tornam fundamentais. O comício, que era um meio de comunicação direta entre candidatos e eleitores, atraindo multidões com grandes shows no passado, hoje estão em processo de extinção”.
De interesse nacional!
Vídeo gravado em português sobre a transparência do uso das urnas eletrônicas no Brasil. Os administradores
eleitorais acumulam funções, não permitindo a conferência dos votos, resultando assim em um autoritarismo
inaceitável para um país democrático.
Brazilian Electronic Ballot Box (BEBB)
http://www.youtube.com/watch?v=0UBYXUdFaK0