Sem convite, PMDB admite dialogar com Airton
Depois de Marquinho Amaral defender o ingresso do PMDB na base aliada de Airton Garcia, outros políticos da sigla falaram sobre a movimentação, apesar de admitirem que não há um convite oficial.
Na segunda-feira, Marquinho foi enfático ao ser questionado sobre o ingresso na base de apoio ao governo. “Eu sou favorável ao ingresso do PMDB no governo. Tem bons quadros e pessoas aptas e competentes à composição com o atual governo”, afirmou.
O líder do PMDB na Câmara, Lucão Fernandes, disse que o objetivo da bancada é ajudar a cidade, apesar de nenhum convite oficial. “Se houver proximidade com o governo, a aliança precisa ser participativa, de inserção das nossas propostas. A posição foi do vereador Marquinho, não do partido”, disse Lucão.
“O Marquinho defende um alinhamento dos grupos políticos, mas é um assunto que precisa de análise dos membros da Executiva”, afirmou o vereador João Muller.
Para ele, ninguém pode discutir composição política quando não é convidado para o debate do assunto. “Se o prefeito entender a necessidade de composição, levaremos o assunto aos filiados do partido. O Netto Donato, que foi candidato a prefeito na última eleição, precisa ser ouvido”, complementou.
Muller explicou que teve uma divergência política com Airton Garcia e se eventualmente for convidado a ocupar um cargo político na atual administração, precisa discutir com o grupo político.
Posição
Já o presidente do PMDB, Eduardo Cotrim, afirmou que não existe posição a respeito de apoio político a Airton Garcia. “Nós não fomos convidados. E se vier o convite, vamos levá-lo às instâncias deliberativas do partido. O governo não caminha bem. São duas UPAs fechadas, a operação tapa-buraco está demorando e o governo já enfrenta duas CPIS. O governo do prefeito Airton Garcia precisa melhorar”, admitiu.