Senado votará reforma trabalhista no dia de julgamento do TSE
A reforma trabalhista só deve ser votada na próxima terça-feira na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado para então seguir sua tramitação, atraso que fará a análise da proposta ocorrer no mesmo dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomará julgamento de ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.
Com o adiamento, acertado entre o líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR) e integrantes da CAE, a reforma só será votada no plenário do Senado em meados de junho, calcula o relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).
“Estou imaginando que entre duas ou três semanas nós temos toda a condição de estar com esse processo, esse projeto, sendo votado aqui no plenário do Senado”, afirmou Ferraço.
Segundo Jucá, o adiamento não configurou uma derrota para o governo, porque possibilitou que a comissão avançasse na discussão, em vez de ficar presa ao embate entre oposição e situação sobre questões regimentais.
“Nós preferimos fazer um entendimento e a partir daí, construir o debate. Aliás hoje nós encerramos o debate”, disse o líder do governo.
Na última semana, a sessão da CAE foi encerrada após tumulto entre senadores do governo e da oposição. O parecer de Ferraço foi dado como lido, levantando questionamentos regimentais de oposicionistas.
Tanto Jucá quanto Ferraço negaram a intenção de apresentar um requerimento de urgência, que poderia conferir uma tramitação mais célere à proposta, permitindo, inclusive, sua inclusão na pauta do Senado sem passar pelas comissões.
Pelo acordo original, a reforma trabalhista ainda terá que passar pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado antes de ir a plenário.