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USP discute segurança da urna eletrônica

06/04/2013 12h40 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
USP discute segurança da urna eletrônica

O Instituto de Ciências Matemáticas e Computação (ICMC) da USP em São Carlos realizará no dia 17 de abril o 1º Fórum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas. Segundo o organizador do evento, o professor Mário Gazziro, não será um fórum para discutir se houve casos específicos de fraude e uma ou outra situação: “O objetivo principal desse encontro é discutir se existe a possibilidade tecnológica de haver fraude na urna do modo como ela é agora”.

 

Segundo o professor, eles irão provar que essa possibilidade de fato existe: “A nossa base é o estudo que o professor Diego de Freitas Aranha, da Universidade de Brasília fez. Ele passou três dias com a urna, pôde analisar, fez um relatório técnico sobre o que é possível fazer, e o que não é”.

Segundo o professor Mário outra ação do Fórum será ajustar um memorando final, que já está tramitando entre os pesquisadores da mesa-redonda promovida no evento: “Vamos enviar esse documento ao Tribunal Superior Eleitoral para requisitar que ele mude as urnas para as de nova geração; ou seja, para que elas passem a ser urnas aditáveis”.

Para o professor, um dos principais problemas da urna atualmente usada é que ela não pode ser auditada: “Isto significa que temos apenas a totalização do voto, não conseguirmos confirmar se um voto estava lá ou não. Com uma urna de segunda geração conseguimos contar voto a vota, pois as células de voto são impressas, eles vão lá fiscalizar a urna, e aquele voto tem que estar ali em algum lugar”.

Para o juiz eleitoral, Vilson Palaro, é evidente que a urna eletrônica precisa passar por renovação: “É um equipamento que está contando bem mais de uma década, e sabemos como a tecnologia avança rápido”. Sobre a segurança das urnas, ele diz: “Ano passado o TSE convocou, em um edital, pessoas para fazerem ataques a elas. Eles simularam isso para testar a segurança. Participaram 24 investigadores que ficaram fazendo testes, em março de 2012, e não se teve notícia de possibilidade de fraude. Mas eu não arriscaria nunca a dizer que é 100% seguro: aparece um mais iluminado e acha uma maneira de burlar”.     

Questionado sobre a importância da discussão acadêmica do assunto, o juiz disse: “Acho imprescindível: são eles que têm conhecimento e é dali que sai inovações que poderão ser usadas para fraudes e para solucioná-las”.

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