Sobre cafés e caixa-dois
Em delação feita ao Ministério Público Federal (MPF), o ex-executivo da Odebrecht, Guilherme Pamplona Paschoal, cita conversas e encontros com três ex-prefeitos de São Carlos: Newton Lima e Oswaldo Barba, ambos do PT, e Paulo Altomani, do PSDB.
Hoje, o Primeira Página publica reportagem sobre denúncias envolvendo o ex-reitor da UFSCar, ex-prefeito e ex-deputado, Newton Lima. O texto afirma: “Em troca de doações, a companhia gostaria de uma abertura da futuro administração à apresentação de um projeto de concessão do esgoto do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), segundo consta em vídeo de 30 minutos”.
Em nota divulgada pela assessoria jurídica dos políticos do PT, ambos rechaçam as acusações. “Foram, ao todo, 12 anos de gestão à frente da Prefeitura de São Carlos sem jamais se cogitar de concessão do serviço de saneamento da cidade”. Paulo Altomani, quando da publicação das delações de Paschoal, também afirmou serem mentiras as afirmações do ex-executivo.
Essas delações, claro, são uma pequena parte do processo de investigação, que conta ainda com reunião e análise de documentos os mais variados. Mas se verificada a verdade dos fatos relatados, teremos um vislumbre local da profundidade e da dimensão das ações ilegítimas e ilegais do casamento nefasto entre Odebrecht, políticos e partidos.
