Prefeitura e UFSCar avançam na discussão sobre o Hospital Escola
Representantes da Universidade Federal de São Carlos e da Prefeitura se reuniram na tarde de segunda-feira, 21, para discutir o futuro do Hospital Escola (HE). Embora nenhuma decisão ainda tenha sido tomada quanto à federalização ou a implantação, na estrutura do HE, do Ambulatório Médico de Especialidade (AME), as partes comemoraram o diálogo.
Classificando a conversa como “amistosa e rica”, o reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Targino de Araújo, disse que a Prefeitura viu que a sinergia entre a universidade e a administração municipal é muito grande: “Tivemos uma boa conversa; inicial, mas uma boa conversa”, disse.
Sobre onde instalar o AME, ele explicou que o plano é colocá-lo onde seria biblioteca do HE: “E a gente concorda”.
A conversa, salienta Araújo, “abre a possibilidade de um diálogo mais próximo; e vamos dar mais um passo na semana que vem, talvez trazendo alguém da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) aqui”.
O professor Sérgio Luis Brasileiro Lopes, diretor técnico do Hospital Escola, afirma existir o interesse de negociarem em benefício tanto da comunidade são-carlense como da Universidade e do curso de medicina.
Até haver uma decisão consensual, diz o professor, o projeto inicial do curso de medicina não será alterado. Questionado sobre a possibilidade de haver essa alteração, ele diz: “Acredito que vamos entrar num acordo muito antes disso e provavelmente sem mudança naquilo que fazemos no hospital”.
Para Ricardo Innecco de Castro, secretário municipal de saúde, “a conversa foi fantástica”. Salienta ainda que a aproximação da Federal com a Saúde é necessária para o município: “Temos que entender que o Hospital Escola já faz parte da saúde de São Carlos”.
Segundo o deputado estadual Roberto Massafera, que participou da reunião, “existe o interesse comum de terminar o hospital, valorizar e resolver os problemas do curso de medicina, e integrar o hospital na gestão da saúde, que é o município”.
Ele afirma que a estrutura financeira da gestão do hospital é difícil, já que existem verbas federais, estaduais e municipais: “A nossa discussão foi no sentido de descobrir uma formatação da estrutura onde as três esferas se articulem com a finalidade de servir a população”.
Questionado se o compartilhamento da gestão entre as três esferas é uma opção, ele disse: “Precisa ser, pois os recursos são assim”.