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Odebrecht é suspeita de dar propina a Cerveró

08/07/2015 13h13 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Odebrecht é suspeita de dar propina a Cerveró

A força-tarefa da Operação Lava Jato suspeita que a Odebrecht pagou propinas também para o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso desde janeiro. A informação é do Ministério Público Federal. Em petição à Justiça, nove procuradores da República reafirmam a necessidade da manutenção do decreto de prisão preventiva de executivos e do presidente do grupo, Marcelo Bahia Odebrecht. Eles cumprem prisão em Curitiba desde 19 de junho.

“A conta Forbal era conta de Nestor Cerveró, o que indica pagamentos da Odebrecht também em favor de Cerveró no exterior”, destacam os procuradores em referência a conta que o ex-diretor mantinha no Uruguai em nome da Forbal Investment Inc, offshore constituída em 29 de abril de 2008, no paraíso fiscal de Belize, na América Central. Cerveró havia deixado a Diretoria Internacional na estatal um mês antes.

Ele foi condenado a 5 anos de prisão por lavagem de dinheiro e também é acusado de corrupção passiva – teria recebido US$ 30 milhões em propinas em contatos de navios-sonda da Petrobras, em 2006 e 2007.

A suspeita da Procuradoria da República em Curitiba surgiu após rastreamento de uma operação de dólar-cabo realizada, segundo a força-tarefa, pelo suposto operador de propinas da Odebrecht Bernardo Freiburghaus no banco Julius Baer, na Suíça, e o estatístico Alexandre Amaral de Moura. 

Em depoimentos aos procuradores, em 30 de junho, Moura detalhou a transação em que autorizou as transferências de US$ 300 mil para a conta Forbal, de Cerveró, e de US$ 340 mil para a conta Quinus, do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

“As declarações de Alexandre Amaral dão conta de operação de dólar-cabo em que Bernardo disponibilizou valores em espécie para Alexandre. Este tinha valores no exterior e pretendia trazer para o Brasil. Para operacionalizar essa internação, Alexandre entrou em contato com Bernardo. O último, ao invés de orientar o primeiro a fazer um contrato de câmbio, usou tal operação para dissimular pagamentos de propina da Odebrecht para Paulo Roberto Costa”, informa a Procuradoria.

 

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