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Envelhecer bem com síndrome de Down é possível

21/03/2013 11h24 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Envelhecer bem com síndrome de Down é possível

Data registrada no calendário oficial da Organização das Nações Unidas, o Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado nesta quinta-feira, 21, chama a atenção para o aumento na expectativa de vida das pessoas que possuem a alteração genética, conhecida como trissomia do cromossomo 21.

 

A data escolhida para a comemoração é o dia 21 de março, que é grafado como 21/3, o que faria alusão à trissomia do cromossomo 21, que provoca, entre outras características, a hipotonia muscular generalizada, fenda da pálpebra mais estreita, cardiopatia e face achatada.

Pessoas com síndrome de Down têm apresentado grandes avanços nos últimos anos. De acordo com a terapeuta ocupacional da Associação de Capacitação, Orientação e Desenvolvimento do Excepcional (Acorde), Débora Pelissari, nos últimos anos os avanços na medicina e a facilidade de se conseguir informações colaboram para que os portadores dessa alteração genética tenham uma qualidade de vida assim como as pessoas normais.

A psicóloga Daiana Zuffo afirma que estudos atuais comprovam que até o século passado a expectativa de vida para essas pessoas ficava em torno de 16 ou 17 anos. Segundo ela, ainda no início deste século, essa expectativa estava próxima dos 30 anos. “Hoje, para se ter uma ideia do avanço, estudos mostram que é cada vez mais comum eles viverem até 60 ou 70 anos, consequentemente, podem ter uma expectativa de vida muito parecida com a de uma pessoa normal”, ressalta.  

Ana Rubia Menoti, psicopedagoga, fala que oferecer estímulo desde o início da vida de uma pessoa com síndrome de Down garante sua qualidade de vida e, dessa forma, permite um envelhecimento saudável. “Como eles já nascem com atraso no desenvolvimento, é necessário que se ofereça estímulo físico, cognitivo e mental para que eles tenham uma vida saudável. Esses estímulos devem ser oferecidos por toda a vida”.

Hoje em dia é possível iniciar todas as intervenções desde quando a mãe descobre que o filho tem Down, inclusive em exames intrauterinos. “Hoje é possível começar cedo com todas as intervenções como: psicólogos, terapeutas, médicos e até mesmo escolas”, diz. “Com a internet, a facilidade de pesquisas a respeito do problema também contribui para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas”, opina a psicopedagoga.

Carolina Peixe tem 33 anos e possui a alteração genética. Ela diz que não existem barreiras em suas atividades e que até toma conta do pai que esteve doente recentemente. “Eu faço tudo, leio, escrevo, canto, danço e ajudo meu pai, o coloco para deitar e dou seus remédios. A única diferença entre mim e uma pessoa normal é que eu demoro um pouco mais para aprender, mas não vejo barreiras, tudo o que eu quero fazer, eu consigo”.

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