Professores aderem à greve em São Carlos e região
Um grupo de professores e funcionários de escolas da região central do Estado de São Paulo aderiu à paralisação realizada ontem. O movimento tem dois objetivos: protestar contra as reformas da Previdência e Trabalhista do governo Michel Temer, e também contra a política salarial do governo estadual.
A reforma da Previdência proposta pelo governo prevê, entre outras coisas, a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria. A gestão de Temer também apresentou um projeto para mudar a legislação trabalhista. Uma das ideias é permitir que negociações coletivas possam suplantar a lei.
O coordenador do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), na região de São Carlos, Ronaldo Motta, informou ontem que oito escolas aderiram 100% à greve e ficaram fechadas enquanto outras oito aderiram parcialmente à paralisação, entre elas unidades de Ibaté, Ribeirão Bonito, Descalvado e Dourado. “Estamos há três anos sem reajuste salarial e com um acúmulo de 22% de perdas”, reclamou ele.
Segundo Ronaldo Motta fecharam na quarta-feira, as seguintes escolas: Ary Pinto das Neves; Archimedes Mendes de Carvalho, Visconde da Cunha Bueno, Alice Madeira, Maria Longhin, Aracy (manhã), Jardim Cruzado (Ibaté) e José Ferreira (Descalvado).
Escolas com adesão acima de 50%, segundo Motta: Bento da Silva César, Álvaro Guião; João Jorge Marmorato, Atillia Prado Margarido; Marivaldo Carlos Degan; José Juliano Neto; Paulino Carlos, Coqueiros e Maria Ramos.
Menor que 50%, segundo o sindicalista: Gabriel Felix do Amaral; Orlando Perez; Icaraí (Ibaté), Fúlvio Morganti (Ibaté); Professor Luís Augusto de Oliveira; Jardim Zavaglia, Aracy IV; Esterina Placco; Edésio Castanho (Ibaté) ; Arlindo Bittencourt; Péricles Soares e Pirajá da Silva (Ribeirão Bonito).
OUTRO LADO – A dirigente regional de Ensino, Débora Gonzales Costa Blanco, afirmou ontem que a adesão à greve foi parcial. Ela também confirmou a baixa frequência dos estudantes às aulas ontem. Segundo ela, os dados exatos seriam computados nas escolas ao final do dia de ontem.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que a mobilização paralisou 4,25% das escolas que integram a rede durante a manhã. Ainda de acordo com a pasta, todo o conteúdo perdido será reposto em data a ser determinada pelo Conselho Escolar de cada unidade e os docentes que não justificarem a falta terão o dia descontado.