Serviço de táxi em São Carlos sofre com a defasagem
Atualmente estão cadastrados em exercício em São Carlos, 105 taxistas pela Prefeitura Municipal. Para o responsável da cooperativa da categoria (Coopertáxi), José Roberto Gozzo, o setor está deficiente de profissionais, já que a cidade cresceu em números de bairros, habitantes e a população universitária.
Segundo ele, depois da criação de cooperativas a procura aumentou, passou a ter mais a credibilidade por parte dos usuários com um serviço de disponível 24h e veículos identificados e manutenção em dia. Hoje a cooperativa possui 30 veículos e 34 taxistas.
“O número de taxista está abaixo da procura pelo serviço. A cidade cresceu e o número de pontos de táxis ainda são os mesmos de 50 anos atrás”, afirma Gozzo.
A aposentada Dagmar Garcia Braço de 72 anos, utiliza o serviço de táxi diariamente para se locomover na cidade e diz que em alguns circunstancia precisa um pouco mais de paciência para aguardar um profissional, como em dias de chuva. Porém com o trabalho das cooperativas concorda que aumentou as opções e a qualidade do serviço.
“Quando não consigo um taxista em uma cooperativa ligo para a outra. Nunca fiquei sem o serviço, mas as vezes tenho que esperar um pouco mais para sair de casa”, comenta Dagmar.
É a Prefeitura Municipal que determina o número de pontos de táxis e taxistas no exercício na atividade, e reconhece que a quantidade de profissionais está em defasagem com a proporção de habitantes.
Segundo o chefe do departamento de transporte, da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito, Mauricio Rodrigues, um estudo está sendo feito para elaborar critérios de classificação, como veículos e para a concessão pública para prestação do serviço. “Esta análise ficará pronto até o final do ano e será encaminhado para votação na Câmara Municipal”, afirma Rodrigues.
Ipem fiscaliza taxímetros
O Ipem São Carlos realizou a medição de taxímetros nos veículos de 103 taxistas da cidade entre os dias 22 e 24 de julho. Foram considerados como regulares 74 aparelhos, 4 notificações para reparos, 5 notificações de documentação, duas autuações por não comparecimento e 18 vistoriados em plantões anteriores.
O especialista em metrologia e qualidade do Ipem, José Roberto Hasiler, explica que a fiscalização acorre anualmente é obrigatória a participação de todos os taxista convocados. A avaliação consiste em aferir a medição do taxímetro nas duas opções de bandeira, 1 e 2, em percurso mínimo de mil metros.
Hasiler explica que os valores das bandeiras são diferenciados, sendo que a ‘1’ o valor é de R$ 6,50 e a ‘2’ R$ 7 a cada quilometro rodado. Todo taxímetro é precisa conter o lacre amarelo do Ipem e também o selo de vistoria do Inmetro no exercício vigente. As fraudes podem ocorrer se lacre for violado.
Todo taxista deve instalar aparelho em uma oficina autorizada pelo Ipem junto com toda a documentação exigida de regularização da atividade.
A multa por irregularidade e não comparecimento vai de R$ 500 a R$ 5 mil, podendo dobrar o valor em caso de reincidência.
Os taxistas que apresentaram irregularidades e foram notificados para reparos e documentação, terão o prazo de dez dias para regularizar a situação. Os demais que não pareceram serão autuados e terão direito a recorrer da multa, após apresentar justificação da ausência e ser julgado pelo setor jurídico do Ipem.