Testes comprovam segurança de pneus remodelados
Através de uma determinação da Justiça Federal o uso de pneus recauchutados em motocicletas está proibido por lei. A justificativa é de que esses pneus representam um perigo no trânsito, podendo causar acidentes para os próprios condutores e os pedestres. Porém os pneus remodelados são mais em conta que os novos.
A resolução 158, de 22 de abril de 2004, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), proibiu o uso de pneus reformados em motocicletas e veículos de três rodas. Porém a Associação Brasileira de Segmento de Reforma de Pneus (ABR) reverteu essa proibição. “A ABR, através de várias ações institucionais, técnicas e jurídicas, reverteu esta proibição com liminares, provando por análises em laboratórios aprovados pelo Inmetro”, explica Carlos Thomaz, presidente da associação.
Mas em 6 de abril 2011, a resolução 376, do Contran, revogou a Deliberação 63, de 24 de abril de 2008, que permitia o uso de pneus reformados em motocicletas, e restabeleceu os efeitos da resolução 158.
“É uma determinação do governo que proíbe o uso de pneus reformados em motocicletas, portanto, está sendo cumprida até que não consigamos reverter esta situação”, diz Thomaz.
Testes realizados no Brasil e nos Estados Unidos comprovam a segurança deste tipo de pneu. Os indicadores são os testes chamados de ‘velocidade sob carga’, considerados universais e realizados em máquinas que produzem os mesmos efeitos do rodar em pavimentos com maior severidade.
“A ABR é a instituição da classe deste meio empresarial e defende os seus interesses. Não vendemos pneus reformados”, esclarece Thomaz.
Ele contrapõe a questão dos pneus remodelados com o preço menor do que os novos, de 40 a 50% em menor valor. Ele explica a vantagem do uso dos pneus para aqueles que realizam entregas. “A adesão é de uma classe de motoqueiros para entregas rápidas que chegam a gastar 6 pares de pneus por ano, uma classe que precisa de um pneu com preço menor e de boa qualidade”, conclui.