Volta às aulas requer mudanças de rotina
Os 26.072 mil estudantes da rede estadual de ensino voltaram às aulas na última sexta-feira, 1º. Os outros 16 mil da rede municipal irão voltar no próximo 18 de fevereiro. Com isso muitas crianças e adolescentes sentem dificuldades para voltar à rotina escolar.
Para minimizar os efeitos negativos ao organismo e aos estudos, especialista dá dicas simples para adaptação para os horários e alimentação.
Segundo a professora do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana da Universidade Federal e São Carlos (DEFMH/UFSCar), Ana Cláudia Garcia de Oliveira Duarte, o problema das mudanças repentinas é exatamente o ajuste fisiológico que deve acontecer para que tudo continue funcionando bem. Assim, todas as nossas funções são reguladas mediante situações de equilíbrio e a quebra neste equilíbrio pode afetar o nosso dia a dia.
De acordo com a professora, no período de férias, as crianças, até por terem a liberdade das “férias”, vão se acostumando aos poucos à mudança de rotina. Assim, desta forma, vão acordando mais tarde, em contrapartida também começam a dormir mais tarde, praticamente todas as atividades regradas são suspensas e todos os horários são livres.
Porém, o retorno às aulas é implacável e a despreocupação com a nova rotina acontece. Quase sempre é assim: “Amanhã de manhã, muitas vezes sem saber em que classe vou estudar, quem serão meus professores, volto às aulas”, lembra a professora.
“Este retorno é brusco e provoca como sintomas desajustes nem sempre desejados, como dormir nas aulas, não sentir fome e nem sono nas horas previstas para tal, o que provoca um desajuste em todas as nossas funções”, comenta Duarte.
A dica da especialista é que, uma semana antes do início das aulas, as crianças já possam ir retomando os horários que terão fixos, para, gradativamente promover os ajustes biológicos necessários para a nova rotina.
Duarte ressalta que o mais aconselhável é tentar se ajustar à nova rotina o mais rapidamente possível, porque quanto mais tempo o sistema fica em desajuste, maior a chance de ele desregular.
Ela exemplifica: “A criança reduz o tempo de sono, uma vez que tem que acordar cedo no dia seguinte, porém não consegue dormir cedo à noite, assim reduz suas horas de sono e consequentemente, tal fato pode afetar o rendimento da criança na escola”.
Como incentivo e ajuda, os pais podem organizar a rotina diária da criança, e impor os limites necessários, para que estes ajustes aconteçam a contento. Essas são algumas dicas que podem ajudar pais e filhos na volta às aulas.
Prepare o uniforme e o material um dia antes – Evita deixar a criança nervosa procurando de última hora.
Leve a criança à nova escola antes do início das aulas – Se a criança ainda não conhece a escola, é importante levar, mostrar ou até mesmo passar na frente e mostrar o caminho. O importante é a criança ficar familiarizada com o ambiente escolar
Faça um quadro com os horários das atividades semanais – Ajuda a criança a se organizar na nova rotina
Antecipe a retomada dos horários de dormir e acordar – Se ela voltar à escola sem o sono adequado, seu desempenho poderá ser prejudicado. Por isso, é fundamental o descanso
Evite atraso na hora da saída – Os primeiros dias são fundamentais. Portanto, o pai precisa estar atento ao horário de saída. O responsável por buscá-las deve ter cuidado redobrado com as crianças que estão frequentando a escola pela primeira vez
