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Atriz critica machismo e defende igualdade de gênero

25/05/2017 11h47 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Atriz critica machismo e defende igualdade de gênero

A atriz de origem árabe-mexicana Salma Hayek, de 50, fez duras críticas ao machismo no cinema durante sua participação no Festival de Cannes.

Hayek, que já estrelou filmes como “Frida” (2002) e “A Balada do Pistoleiro” (1995), revelou, durante um fórum sobre as mulheres no mundo do cinema, não ter tido um começo de carreira fácil: por ser mulher e árabe-mexicana.

“Era a única mexicana e latina na escola de arte dramática, com exceção de Benicio del Toro, que é porto-riquenho, ou seja, meio americano, e é homem. Ninguém ria dele. Também riam de mim no México. Assim como todos os agentes e todos os estúdios” de cinema, acrescentou.

A atriz atacou as atitudes machistas na meca do cinema americano, onde menos de 7% dos filmes são dirigidos por mulheres.

“É verdade que se você é bonita, pode conseguir papéis mais facilmente, mas é muito violento ter que assumir que se você é bonita, forçosamente é estúpida”, acrescentou. E em Hollywood, “se dão conta de que você é inteligente, então sua raiva multiplica”.

Para muitos, segundo Salma, as atrizes são como objetos: “Dizem ‘vamos trazer um mico’ e o mico vem e dizem, ‘oh, no melhor das hipóteses faremos dinheiro com ele’. Então, um dia veem que o mico sabe contar e dizem: ‘matem o mico!'”.

Produtores e outros pesos-pesados de Hollywood “não se dão conta de que nós, mulheres, somos um grande poder econômico. Não entendem que somos um público enorme”, disse.

Embora tenha comemorado que a situação das mulheres no mundo do cinema seja mais favorável, sobretudo na França, onde uma em cada quatro filmes é dirigido por elas, Hayek não se absteve de criticar também o Festival de Cannes.

A neozelandesa Jane Campion levou, em 1993, o prêmio máximo da mostra com o filme “O piano”, em conjunto com o chinês Chen Kaige por “Adeus, minha concubina”.

 

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