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Exportação de açúcar do Brasil deve fluir sem filas

14/03/2012 19h36 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Exportação de açúcar do Brasil deve fluir sem filas

Os embarques de açúcar devem fluir mais tranquilamente este ano a partir do maior produtor global, o Brasil, com as previsões meteorológicas de longo prazo apontando para um inverno seco.

Isso reduziria o risco de uma repetição da interrupção de embarques de duas temporadas atrás, que fez os preços da commodity subirem.

A abertura de um terminal adicional de carregamento no importante porto de Santos e o aprofundamento dos canais lá e em Paranaguá são indicador adicional de que os longos e onerosos atrasos para o carregamento são improváveis, disseram carregadores e meteorologistas.

Chuvas torrenciais em 2010 diminuíram o ritmo de carregamento de açúcar no Brasil, forçando mais de 120 navios a esperar durante semanas para pegar sua carga em Santos e Paranaguá.

Mesmo pequenas quantidades de chuva em porões de navios podem danificar as cargas de açúcar, tornando o produto duro e irregular, o que faz com que os embarques sejam suspensos quando chove.

“Nós esperamos que fique muito bem em termos de carregamento de açúcar. Nossa expectativa é de que as coisas vão ser semelhantes à temporada passada”, disse Nicolle de Castro, assistente comercial da consultoria SA Commodities.

A interrupção do carregamento em 2010 coincidiu com um pico na demanda por açúcar quando a oferta de algumas fontes asiáticas falhou. Isso ajudou os futuros do açúcarem New York Timesa quase dobrarem para cerca de 28 centavos por libra-peso, entre o início e o pico da colheita.

Os custos para os carregadores também saltou quando a chuva segurou os carregamentos em 2010. As taxas de demurrage por si só são normalmente em torno de 15 mil e 30 mil por dia.

Naquele ano, o fenômeno climático El Niño, que deixa o Sul do Brasil mais úmido do que o normal, prejudicou o carregamento de açúcar por dias. Seu oposto, oLa Niña, trouxe secura este ano, mas o fenômeno já está desaparecendo. Embora os meteorologistas diga que o El Niño poderia voltar, seus efeitos não serão vistos até depois do pico da colheita.

“Até o final de março, já devemos ter condições neutras (El Niño/La Niña), que devem ser observadas pelo outono e durante o inverno também”, disse Olivia Nunes, da Somar Meteorologia,em São Paulo.

“Não vai ser um inverno úmido, mas será um com níveis normais de chuva”, disse ela.

Modelos de previsão da Somar não fizeram nenhuma projeção de outro El Niño, mas a World Weather Inc, norte-americana, disse esperar que o fenômeno apareça no final do ano. Ela advertiu que os meteorologistas ainda não estavam em uníssono sobre a probabilidade de que fosse ocorrer.

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