Exposição segue medalha da mina ao pódio
Das minas dos EUA e da Mongólia ao pescoço dos melhores atletas do mundo, uma exposição em cartaz no Museu Britânico mostra a jornada das 4.700 medalhas que serão distribuídas na Olimpíada de Londres neste ano.
Quatro medalhas de ouro produzidas para a próxima edição dos Jogos reluzem nessa exposição que detalha a história de todas as medalhas de ouro, prata e bronze, usando aparas, medalhões antigos e moldes originais.
As medalhas de ouro da Olimpíada de 2012 serão as maiores e mais caras da história dos Jogos. Elas têm88 milímetrosde diâmetro e pesam400 gramas- embora só 1,2 por cento disso seja de ouro.
Após um concurso nacional iniciado há três anos, uma comissão escolheu os ourives David Watkins, criador das medalhas olímpicas, e Lin Cheung, responsável pelas premiações paraolímpicas.
A frente da medalha tem um desenho ditado pela tradição – Niké, deusa grega da vitória, adorna as peças desde a Olimpíada de Amsterdã-1928 -, mas o verso é uma tela em branco para os artistas. A criação de Watkins, no caso, funde imagens de Londres com alusões à mitologia grega.
Mas problemas técnicos na Casa da Moeda Real fizeram com que a imagem da deusa Niké nas medalhas de ouro saísse ligeiramente diferente da que foi vista nas medalhas de Pequim-08.
“Não há muita margem de manobra aqui”, explica Philip Attwood, curador da coleção. “Mas, conforme entendo, eles tiveram de reproduzir os modelos por razões técnicas … Foi algo pequeno, para que os dois lados da medalha funcionassem juntos.”
Os organizadores preveem que 2 milhões de pessoas passarão diante das quatro medalhas antes que elas sejam devolvidas ao Comitê Olímpico Internacional. Poucos visitantes resistem à tentação de tirar uma foto com as medalhas.
Attwood disse que a intenção inicial era montar uma exposição só sobre as medalhas de 2012, mas que surgiu a ideia de acrescentar um contexto histórico, e de salientar a tradicional ligação da Grã-Bretanha com o movimento paraolímpico.