28 de Abril de 2024

Dólar

Euro

Política

Jornal Primeira Página > Notícias > Política > Independência ou morte!

Independência ou morte!

Erick Silva*

07/09/2021 09h54 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Independência ou morte! Foto: Arquivo Pessoal

Sobre o Grito do Ipiranga haverá muitas dúvidas sobre as circunstâncias e demais detalhes do fato histórico, mas realmente foi parte do processo de independência do Brasil em relação à metrópole portuguesa.

Em relação aos portugueses também “ta ok”, mas a frase heróica ”independência ou morte” se valesse estávamos todos mortos, porque independente o Brasil nunca chegou a ser e atualmente estamos rumando na direção contrária, e vale a pena falar disso nesse dia.

Para começar, a independência datada em 7 de setembro de 1822 já veio guarnecida das dívidas assumidas com a Inglaterra (as de Portugal e novas pela “mediação” inglesa), entre outros argumentos para nos esfolar.

Mas vamos falar do Brasil de 2021:

Um país que entrega seu sistema elétrico para empresas estrangeiras é independente? E suas reservas de petróleo? Portos e aeroportos? Telecomunicações?

Então se houvesse uma guerra todas essas áreas estratégicas estão submetidas à tecnologia e controle dos estrangeiros? Sim!

O Brasil é independente e soberano ou a cada dia é mais dependente?

Mas e as Forças Armadas? Bom, são forças compostas por brasileiras e brasileiros, mas armas e equipamentos importantes são todos importados; a indústria bélica nacional foi toda desmontada. A última tentativa de termos aviões caça comprados com transferência de tecnologia para nossa potente indústria de aviões, EMBRAER, foi abortada e a própria empresa só não foi totalmente vendida para os americanos por condições de mercado, o governo já havia entregado.

Se do ponto de vista objetivo a partir desses exemplos simplistas vemos que a independência está distante, nosso povo demonstra que pretende continuar lutando pela democracia e com os instrumentos que a democracia disponibiliza.

Além de atos de todas as cores e mesmo sem falar, a pauta é a independência e a alma da República. As pessoas vão às ruas para mudar o rumo das coisas e colocar fim ao golpe de 2016 que tirou o Brasil do rumo, e foi para isso mesmo que foi dado, para submeter o país e seu povo.

Alem de movimentos legítimos que pedem o fim desse governo genocida, provavelmente o Grito dos Excluídos, que acontece todos os anos em 7 de setembro, seja o mais legítimo de todos os atos do calendário de lutas da esquerda, e neste ano que os excluídos crescem a cada dia, toma ainda mais importância.

Que o Grito dos Excluídos de 2021 atinja seu objetivo, por um país igualitário para todas as pessoas, e pela independência que nunca conseguimos.


*Erick Silva – Cientista Social/Mestre em Políticas Públicas

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x