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Roselei aponta necessidade de pediatra e ambulância em Santa Eudóxia

09/05/2013 22h24 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Roselei aponta necessidade de pediatra e ambulância em Santa Eudóxia

O vereador Roselei Françoso (PT) afirmou que “é necessário e urgente” que a administração municipal providencie o retorno dos serviços de profissional de pediatria no Distrito de Santa Eudóxia e disponibilize uma ambulância adequada para atender aos moradores da localidade. Também solicita que a Prefeitura cumpra a promessa de garantir atendimento médico 24 horas para a população do Distrito, tendo em vista a distância e o crescimento populacional daquela região.

 

Roselei relata que no dia 29 de janeiro deste ano protocolou um requerimento, na Câmara Municipal, solicitando a contratação de um médico da família para recompor a equipe do “Programa de Saúde da Família”, em Santa Eudóxia. O Distrito tem uma população de quase 4 mil moradores, com um terço da extensão territorial de São Carlos e o hospital mais próximo encontra-se a mais de 35 km de distância.

No dia 1º de março o vereador recebeu através do ofício 059/13 da Secretaria Municipal de Governo, a informação que a Prefeitura necessitaria de mais 15 dias para dar uma resposta. A prorrogação foi aprovada pela Câmara no dia 5 de março e devidamente informada à Prefeitura por meio do ofício 364.

A Secretaria Municipal de Governo informou no dia 1º. de abril pelo ofício 148/13 que uma médica estaria iniciando suas atividades no Distrito com carga horária de 40 horas semanais, em que o pagamento seria feito com recursos da Provab (Programa de Valorização da Atenção Básica do Ministério da Saúde).

“A população acreditou e a equipe local agendou consultas para esta data, porém a médica não compareceu por conta de motivos particulares relacionados ao CRM; posteriormente, iniciaram-se as atividades na semana seguinte após conversa com o senhor Secretário Municipal de Planejamento e Gestão”, informa o vereador.

“Quero reconhecer o trabalho da médica”, ressalta o parlamentar, observando que, “porém ela foi contratada para trabalhar 40 horas semanais e isso não esta acontecendo, por motivo de um acordo entre a Secretaria Municipal de Saúde e a médica, para que esta profissional participe de um programa de formação durante o expediente de trabalho em alguns dias da semana”.

Roselei constata que no espaço de tempo entre o requerimento e a resposta da Prefeitura, o distrito de Santa Eudóxia perdeu o único pediatra que prestava serviços na região e por razão das mudanças climáticas – tempo seco e queimadas – “a população está sofrendo as consequências, tendo que se deslocar até o Distrito de Água Vermelha para serem consultadas”.

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José Augusto Pereira
José Augusto Pereira
11 anos atrás

NOSSA HISTÓRIA – José Augusto Pereira
E-mail: [email protected]

QUEIMANDO VIDAS – O sofrimento fala mais alto que os dados econômicos, quando o assunto é as conseqüências do efeito que a queima da cana-de-açúcar e a pulverização de veneno agrícola traz para o nosso paraíso rural, que hoje exibe desmatamento, seca, queimada e contaminação do solo, do ar e da água.

Em diversas plantações da cana-de-açúcar em volta do perímetro urbano do distrito de Santa Eudóxia, as queimadas acontecem com freqüência. Com isso, o fogo volta a incomodar a saúde dos moradores.
Bem ao lado, do poço artesiano que abastece o distrito e em frente às primeiras residências do bairro “Jardim Itararé”, a cana de açúcar é queimada, ou plantada e pulverizada com defensivos altamente tóxicos, que contaminam até a água que a população consome.

Nessa época do ano, um numero significativo de crianças, adultos e idosos são atendidos na USF – Unidade de Saúde e Família ‘ João Sabino “, com sintomas de problemas respiratórios, intoxicação, diarréias e alergia. De Maio a Novembro, o fogo é uma ameaça constante, apesar da proibição de se fazer queimadas na temporada mais seca.
A chama é utilizada pelos agricultores para converter a palha de cana em cinzas, facilitando a colheita manual. O benefício do fogo para os agricultores, contudo, causa prejuízos irreparáveis a saúde dos moradores.
O dano vai muito além dos limites das propriedades e podem ganhar proporções ambientais imensuráveis. Além da transformação de nossa rica biodiversidade em cinzas, as queimadas liberam carbono para a atmosfera, o que contribui para o aquecimento global, e agrava as doenças respiratórias.

A MORTE DO CAMPO – O sofrimento também atinge os pequenos agricultores que lamentam não conseguir produzir determinadas plantações.
A contaminação chega a ser tão forte que em volta do plantio de cana-de-açúcar, muitas culturas como: milho, arroz e feijão e até arvores frutíferas como: mamão, manga e goiaba, desapareceram, e as poucas que resistem as queimadas e os venenos agrícolas já não produzem mais.

Aos poucos os reflexos do desequilíbrio ecológico mudam a paisagem da nossa região e dificultam ainda mais a vida saudável do campo.
Segundo os pequenos e médios agricultores do distrito, a morte do campo vem dos grandes latifúndios de terra arrendada para o plantio da cana-de-açúcar, que contamina o solo com herbicida e inseticida pulverizado na água, terra e ar. Isso através de aviões, ou maquinas possantes, que jogam jatos de veneno a longa distancia.

O prejuízo provocado pelas queimadas é incalculável sendo que o principal dano é na saúde das pessoas, a destruição do ecossistema e da diversidade de espécies.
O descaso do homem com a natureza já poluíram as águas dos rios: Mogi Guaçu, Quilombo, Pântano e Das Araras fazendo desaparecer centenas de espécies de peixes.

As ações de empresas e pescadores maus intencionados ainda não contaminaram totalmente as águas dos rios e não exterminaram todas as espécies de peixes, porque nossos moradores, alunos e professores da rede estadual e essa coluna defendem a unhas e dentes, nossos rios e mananciais… Mas pouco adianta sem o apoio dos governos: municipal, estadual e federal.

Hoje, assassinados pelo veneno agrícola, muitas espécies de pássaros nativo – que antes cantavam e encantavam o nosso paraíso rural, já não existem mais. Ninhos, ovos e filhotes foram queimados e os que sobrevivem são alimentados por moradores do distrito, pois se comerem às sementes ou frutas silvestre, vão desaparecer por causa do veneno jogado no ar.

Só mesmo quem mora no meio desse triste cenário sabe que o poder de destruição das queimadas e do veneno agrícola é muito maior do que se imagina.
Enquanto isso, a população do distrito aguarda ansiosa, que a região se transforme logo, no maior Pólo Turístico de São Carlos.
Pois talvez assim, o nosso potencial de turismo rural, ecológico, arquitetônico e histórico pode resguardar o nosso distrito dos perigos da degradação ambiental. Alem de proporcionar a população local e ao visitante uma vida mais saudável com mais saúde, segurança, conforto e bem estar!

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