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Gestores do Sahudes deixam Hospital-Escola

04/07/2013 13h27 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Gestores do Sahudes deixam Hospital-Escola

O Conselho de Administração da Organização Social Sahudes (OS) se reuniu na noite desta quinta-feira, 4, para discutir os rumos da administração do Hospital-Escola “Professor Horácio Carlos Panepucci”.

 

O encontro também contou com a participação de 50 funcionários, que se mostraram temerosos quanto a permanência no emprego. O conselho acatou os pedidos de demissão do presidente da OS, Sebastião Kury, e do vice, Celso Pedrino, que sinalizaram essa intenção em uma reunião que mantiveram com o prefeito Paulo Altomani na última quarta-feira (3).

“Acreditamos que a nossa saída vai facilitar as negociações com o governo municipal para a manutenção do hospital”, disse Kury à reportagem do Primeira Página.

O conselho também definiu os membros de uma comissão que vai tratar da transição de gestores. A comissão é composta pelo diretor-executivo do HE, Sérgio Brasileiro Lopes, pelos professores da UFSCar, Tânia Salvini, Gisele Dupas e Maria Lúcia Machado e pelos funcionários do hospital, Luciano do Carmo e Viviane Rodrigues. “Os funcionários integram a comissão porque estão preocupados com a manutenção dos empregos”, revelou Kury.

Em entrevista na semana passada, o prefeito Paulo Altomani disse que trabalhava pela manutenção da maioria dos empregos. “Quem mostrar eficiência, vontade de trabalhar, não tem o que temer, permanecerá no hospital”.

A reportagem tentou estabelecer o contato com o reitor da UFSCar, Targino de Araújo Filho, para saber quais os rumos do curso de Medicina diante da saída dos gestores da Sahudes, mas não conseguimos estabelecer contato até a conclusão da edição.

 

NOVELA – As dificuldades financeiras do Hospital-Escola “Professor Horácio Carlos Panepucci” ocorrem desde o início do ano, conforme revelou os gestores da Sociedade de Apoio, Humanização e Desenvolvimento de Serviços de Saúde (Sahudes).

O impasse começou com a falta de repasse dos recursos comprometidos por meio de contrato assinado entre Prefeitura e Sahudes em outubro do ano passado.

Para a manutenção do HE, o Ministério da Saúde envia R$ 700 mil ao Fundo Municipal de Saúde, que repasse à Sahudes. Outros R$ 400 mil deveriam ser repassados pela Prefeitura para complemento orçamentário de manutenção do hospital, o que não é feito há quatro meses e isso elevou o déficit entre Sahudes e município em R$ 1,6 milhão.

Como argumento para o não repasse, a Prefeitura alega que a Organização Social que gere o hospital não é transparente na prestação de contas.

Por sua vez, a Sahudes argumenta que documentos comprovam a transparência na gestão. Afirma também que um conselho municipal de avaliação submete as contas do HE à aprovação.

Em reunião da Comissão de Saúde da Câmara e os gestores do Hospital-Escola, que aconteceu em 25 de junho, o diretor-executivo do hospital, Sérgio Luiz Brasileiro Lopes, expôs a situação financeira.

Ele disse que o hospital estava emprestando medicamentos de hospitais da região, como o de Américo Brasiliense, para manter o atendimento e revelou que se a situação persistisse, o hospital poderia fechar. Na última terça (2), a Prefeitura de São Carlos repassou R$ 51,3 mil para a compra de medicamentos, mas Lopes disse que a situação financeira do hospital ainda era grave. “Não sobrevivo apenas de arroz e de feijão. O hospital necessita de recursos para permanecer aberto”, disse.

No dia 28 de junho, o reitor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Targino de Araújo Filho, disse que instalar o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) no HE poderia inviabilizar o internato dos alunos do curso de Medicina da universidade. “Os módulos do hospital se completam. Se o AME for instalado no primeiro módulo, comprometo o aprendizado dos alunos da Medicina. Não somos contra o AME, mas que se instale em outro lugar”.

O prefeito Paulo Altomani defende a instalação do AME no primeiro módulo do HE. Nos outros três módulos, ele afirma que São Carlos e região terão “um grande hospital universitário”.

Altomani também sempre defendeu a troca dos gestores do HE por pessoas, segundo ele, de sua confiança. Em diversas ocasiões, ele suscitou que os integrantes da OS Sahudes são ligados ao PT, o que dificulta a manutenção do diálogo com a administração municipal.

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Morsa
Morsa
10 anos atrás

Nove anos desde a pedra fundamental e nem um terço deste trambolho ficou pronto. Um gasto efetivamente exagerado para sua manutenção mensal, e muitas “otras cositas mas”. Usaram e abusaram desta “estrutura” para eleger e tentar reelege prefeitos e cupinchas petralhas, deveriam ser todos presos, isso sim. Aguardemos agora o Sr. Altomani. Prometeu tanto, que se não cumprir…………hummmmm.

beto
beto
10 anos atrás

ehhh…claro que vai melhorar com Altomani administrando quem não deve não teme ,ja foram tarde

Antonio
Antonio
10 anos atrás

Nossa que bonzinho o sr Cury, vai sair só pra facilitar o diálogo, ownnnn, kkkkkk conta outra seu Cury!
A corja sai tarde.

Anônimo
Anônimo
10 anos atrás

Pelo amor de Deus, será que foi por isso que o Sr Altomani demorou tanto para entrar na prefeitura, por ser incompetente como administrador? O HE foi idealizado para ser um Hospital de ensino-assistência de excelência, como referencia para qualidade e humanização, nao cabe a implantação de um AME em eu espaço físico. Desse modo, dou uma dica ao novo prefeito: termine o HE nos moldes planejados e construa um AME em outro local para complementação do CEME, assim permanecera mais tempo no governo, pois mostrara competência administrativa. Caso continuar falando e fazendo coisas sem programação e reflexão administrativa, nao tem por que permanecer a frente de governar uma cidade ainda tão precária com qualidade em Saúde.

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