Secretário admite tarifa de ônibus a R$ 3,10
Os secretários Márcio Marino (Transporte e Trânsito) e José Carlos Corrêa (Serviços Públicos) foram sabatinados pelos vereadores durante audiência pública que aconteceu na tarde de ontem, na Câmara de São Carlos.
Marino admitiu que o valor da passagem do transporte coletivo – hoje em R$ 2,65 – está defasado em relação às cidades da região. “Há um desequilíbrio financeiro. A inflação corroeu o preço da passagem em 24%. Estamos avaliando a situação junto à empresa [Athenas Paulista] e acreditamos que o valor da passagem deva chegar a R$ 3,10”, explicou Marino.
Em 2013, a passagem na cidade custava R$ 2,75, mas houve a redução de R$ 0,10 por conta das manifestações que aconteceram em junho daquele ano. Na ocasião, a Prefeitura reduziu de 2% para zero o valor do Imposto Sobre Serviços (ISS) da Athenas. Na ocasião, segundo o prefeito Paulo Altomani (PSDB), a empresa teria uma redução na despesa em R$ 70 mil/mês.
ARARAQUARA – No último domingo (7), a passagem do transporte coletivo em Araraquara passou de R$ 3 para R$ 3,20. A tarifa aos domingos e feriados, e para os estudantes, passou de R$ 1,50 para R$ 1,60.
A Companhia Tróleibus de Araraquara (CTA) alegou que o motivo do aumento é a elevação dos custos das peças de manutenção e do preço do combustível. Em Rio Claro, a passagem custa R$ 3.
CONSELHO – Marino apontou a necessidade de reativar o Conselho dos Usuários do Transporte Coletivo para discutir a nova tarifa. Ele comentou que a tarefa é inglória, uma vez que desde março tenta reunir o grupo. Questionado pelos parlamentares se o Conselho é atuante, Marino enfatizou: “Desde que os cutuque”.
A respeito da licitação dos radares móveis, o secretário de Transporte e Trânsito explicou que os termos de referência foram entregues ao major Alexandre Wellington de Souza, da Polícia Militar, para que o comando da PM também analise os documentos.
CONTRATO – O secretário de Serviços Públicos foi questionado sobre os contratos com a empresa de limpeza Revita. O vereador Lineu Navarro (PT) perguntou sobre pagamentos efetuados à utilização de uma máquina de varrição.
De acordo com José Carlos Corrêa, a máquina não é utilizada e, em vez disso, foram contratados dois tratores no auxílio à limpeza da cidade. O parlamentar petista suscitou dúvidas sobre o remanejamento. Corrêa justificou que a readequação objetiva o melhor atendimento aos serviços, uma vez que a máquina de varrição atrapalha o fluxo de veículos.