Skaf defende o “modelo Sesi” de Educação em São Paulo
O presidente da Federação das Indústrias no Estado de São Paulo (Fiesp) e do Sesi, Paulo Skaf, visitou a região central nessa semana. Em passagem por São Carlos, ele concedeu entrevista ao Primeira Página e comentou os investimentos que são feitos na cidade por conta da reforma do Sesi na Vila Isabel. A unidade recebe R$ 43 milhões em um projeto de verticalização da escola, com ampliação de laboratórios, salas de aula, entre outras intervenções.
Apesar de se declarar “candidato a nada”, o PMDB deve colocar o nome de Skaf na disputa ao governo de São Paulo. Ao comentar assuntos como segurança e educação, o presidente da Fiesp/Sesi comporta-se de tal maneira. “Aceitar que o Estado de São Paulo tenha uma educação sem qualidade é condenar o futuro de um país”, ressalta.
Skaf defende o que chama de “modelo Sesi” para a Educação de São Paulo.
Ele destaca que, com a adoção do ensino em tempo integral, os alunos do ensino fundamental têm a oportunidade de praticar esportes, receber uma alimentação balanceada, além de ter acesso a atividades culturais durante todo o dia.
“Educação traz qualidade de vida, oportunidades e melhora a autoestima do cidadão. O conhecimento é o maior patrimônio de um indivíduo. Não dá para pensar no futuro de um país sem qualidade na educação e a escola pública tem um papel fundamental na educação básica. Se nos depararmos com professores desestimulados, com crianças que vão para a escola sem a missão sagrada que é o aprendizado, vamos comprometer todo o resto do ensino”, explicou.
A unidade do Sesi da Vila Isabel receberá investimentos de R$ 43 milhões. Incluindo a unidade do Itamarati da escola dos investimentos chegam a R$ 60 milhões. “Na região central são R$ 200 milhões em investimentos para atender a 18 mil alunos; no Estado, são R$ 4 bilhões em novas unidades e reformas das já existentes”, disse Skaf.
SEGURANÇA
O presidente da Fiesp/Sesi afirma que o Estado de São Paulo investe R$ 15 bilhões do seu Produto Interno Bruto (PIB) em segurança pública, mesmo percentual da Alemanha, porém o retorno dos investimentos não se reflete em números positivos. Enquanto em São Paulo são registrados índices de 12 a 13 mortes para cada 100 mil habitantes, a Alemanha registra 0,8. “Um governo que fica 20 anos no poder não consegue mais enxergar os problemas. Vê à sua frente apenas paisagem. A insegurança está presente no cotidiano e não se toma medidas eficazes para combatê-la”, criticou.