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04/10/2014 07h50 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Quais modelos?

Reportagem do site da Folha de S. Paulo conta que na última quinta-feira, uma quadrilha invadiu o campus da USP, no Butantã, na zona oeste de São Paulo, e roubou sete pessoas que jogavam handebol em uma quadra da faculdade de Fonoaudiologia.

A reportagem diz que, de acordo com a Polícia Militar, cerca de dez menores pularam o muro que separa a universidade da favela São Remo para cometer o crime. Armados, eles renderam o grupo e roubaram carteiras, celulares e dinheiro. O grupo fugiu para a favela e ninguém foi preso.O fato acontece num momento em que a guarda da USP registrou aumento de 55% nos roubos e furtos em 2014 em relação a 2012. 

Um dos estudantes da USP assaltados, disse: “O mais impactante foi ver 

uma criança de uns 8 anos nos roubando”.   

O fato é que, cada vez mais, as crianças – em especial crianças que vivem em localidades dominadas pelo crime – estão expostas à violência criminal e toda a mitologia e status que a envolve, sustenta e a dissemina. Sim, pois não é apenas a miséria, e as necessidades que ela impõe, que levam a muitos desses crimes que chegam ao conhecimento público. O culto da vida do crime é um dos maiores incentivadores para a entrada de muitas crianças e adolescentes na vida criminal. 

Em muitos bairros de cidades do Brasil, a vida de crime é a vida modelar, por assim dizer. Nos criminosos, as crianças, muitas vezes, veem pessoas com dinheiro, poder e status. E, muitas vezes, atos criminosos de crianças, como o assalto à USP, nada mais são do que provas de fogo, ritos de passagem para a criminalidade. 

Claro que isto não significa que “somos produtos do meio”. Mas muito do aprendizado das crianças se faz por imitação. Daí a importância do ambiente em que as crianças crescem.  

 

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