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83% dos idosos pagariam qualquer preço por sua saúde

02/03/2013 13h15 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
83% dos idosos pagariam qualquer preço por sua saúde

Pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) mostra que idosos tendem a se preocupar mais com a alimentação. Foram realizadas 20.736 entrevistas entre julho de 2011 e agosto de 2012, nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Brasília e no interior de São Paulo e das regiões Sul e Sudeste.

 

Questionada se os idosos são mais conscientes do que jovens e adultos quando o assunto é saúde, e se de fato eles tendem a se cuidar melhor, a gerontóloga e professora da UFSCar, Grace Angélica de Oliveria, diz: “É uma questão polêmica, que necessita considerar alguns pontos a refletir para entender essa temática. Primeiramente, as informações sobre como melhorar ou manter a saúde têm sido divulgadas mais intensamente nos últimos anos quando comparamos aos anos anteriores. Tantos jovens quanto idosos têm tido bastante acesso a essas informações pela internet, televisão, rádio ou jornal, diferente dos anos atrás”.

Mas apesar disso, afirma a médica, estudos mostram que nem sempre ter informação sobre um determinado hábito adequado de vida significa uma mudança efetiva de comportamento.

“Jovens são mais abertos a mudanças do que os idosos”, diz a médica, que completa: “Os idosos adquirem hábitos ao longo da vida e possuem um pouco mais de dificuldade de mudar hábitos alimentares, por exemplo. Então temos alguns idosos que, mesmo sabendo o que seria mais saudável e tendo condições, por escolha própria não melhoram os hábitos”.

Questionada sobre uma mudança de comportamento dos idosos, de uns anos para cá, em relação à saúde, a gerontóloga afirma: “Sim, os idosos de hoje estão com mais condições de adquirir melhores hábitos de saúde. Se comparados com idosos de 20 anos atrás, eles têm maior acesso à informação, a serviços de saúde, estão um pouco mais alfabetizados e conscientes, possuem mais recursos tecnológicos da medicina, possuem mais informações, ou seja, possuem mais oportunidades de melhorar a saúde”.

Questionada se cuida mais da saúde agora do que quando mais nova, dona Cecília dos Santos Silva, de 73 anos, diz: “Muito mais. A gente fica menos ágil com a idade e qualquer tombo é bem mais perigoso do que quando a gente fica moço. Eu jogo vôlei, faço hidroginástica e aos domingos vou no pagode”, afirma.

A pesquisa ainda mostra que 83% dos idosos pagariam qualquer preço por sua saúde e que 34% deles praticaram esportes ou exercícios ao menos uma vez por semana.

 

Mulheres ou homens

Questionada sobre quem tende a se cuidar melhor, os homens ou as mulheres, Grace Angélica de Oliveria diz: “As mulheres com certeza se cuidam mais do que os homens. Os estudos mostram que a maioria dos homens só procura serviços de saúde ou muda de hábitos quando a doença já está instalada e com complicações mais sérias pra saúde. Eles não costumam aderir a ações de prevenção. Inclusive isso é uma das razões na qual os homens morrem mais cedo que as mulheres, pois muitas vezes se descobre alguma doença em fase mais avançada, o que impede tratamentos mais eficazes. A mulher já vai mais ao médico, participa de atividades em grupos, etc”.

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