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Agressão a moradores de rua preocupa pela falta de esclarecimento

06/06/2013 01h04 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Agressão a moradores de rua preocupa pela falta de esclarecimento

Na última noite de sábado, 1º, mais um morador de rua foi encontrado ferido em São Carlos, na Vila Celina. Ele teria sido agredido por várias pessoas. Este foi o segundo caso de agressão registrado pela Polícia em São Carlos, nos últimos 30 dias.

No dia 22 de maio Rafael Gustavo Zambido, 32 anos, foi encontrado inconsciente após ser espancado na praça da igreja Catedral. Ele foi socorrido com vida, mas após cinco dias não suportou os ferimentos e morreu na Santa Casa.

Até agora a polícia não tem pista dos autores dos crimes. Segundo o delegado do 3º Distrito Policial, Aldo Donisete Del Santo, que cuida do caso do andarilho morto na praça em frente a Catedral, a impressão inicial indica que havia um desafeto pessoal entre vitima e agressor, pela forma da violência e a arma utilizada, uma faca.

“Com a experiência que tenho, entendo neste caso que havia um desafeto entre as partes, que chegou ao ponto de uma agressão mais séria”, comenta Del Santo.

 

Convivência – Alguns dos casos de desentendimentos ocorrem entre os moradores que formam grupos e normalmente convivem no dia a dia.

A Secretária Municipal de Cidadania e Assistência Social é a responsável pelo atendimento de pessoas em situação de rua que exige a necessidade de proteção social proativa e conhecimento do território. Entretanto não há um levantamento de quantos desabrigados existem hoje na cidade.

Os moradores de rua que necessitem do serviço podem ser recolhidos pela equipe de assistência social da Secretária por meio de transporte, pedido por telefone ou os que chegam até o abrigo.

A assistente social Roberta Alcântara, explica que o serviço do albergue é destinado para migrantes, conhecidos com trecheiros, de outras cidades e estados que estão de passagem pelo município.

Nestes casos, o regulamento da casa autoriza que pernoitem no albergue e sigam viagem no dia seguinte. Para isso recebem ajuda na compra de passagem para as cidades vizinhas de Araraquara e Ribeirão Preto.

No caso de moradores de rua de São Carlos, o procedimento é fazer um cadastro e analisar caso a caso para priorizar a necessidade. O interessado passa por uma entrevista com a assistente social de plantão que irá averiguar os motivos da hospedagem. “O objetivo é conscientizar a pessoa a retornar a sua casa e família, para que não volte a frequentar o albergue”, afirma Roberta.

O coordenador do albergue Arnaldo Sérgio Malaquias garante que há moradores que não se interessam em procurar abrigo no albergue, por causa das regras que devem ser seguidas, e não aceitam o convite para pernoitarem.

“Muitos gostam da liberdade que a rua dá. Além disso, muitos são viciados em alguma droga ou bebida e dentro do albergue são proibidos de fazer o uso”, enfatiza Malaquias.

 

Atendimento no albergue é feito até às 23h

O albergue municipal comporta até 60 pessoas, entre homens e mulheres que necessitem de abrigo. Na época do frio, o número quase atinge o limite da casa e o horário de atendimento ocorre até às 23h.

São oferecidos serviços de triagem, banho, jantar, pouso, café da manhã e o serviço de ronda diurna e noturna realizada aos finais de semana.

Atualmente existem 22 ex-moradores de rua que moram no albergue e durante o dia seguem para o Creas POP, na área central, onde participam de atividades sociais.

O coordenador Celso Luiz Pedro, explica o serviço social também oferece o encaminhamento dos desabrigados para emitir documentos pessoais ou se cadastrarem na casa do trabalhador para oportunidades de emprego.

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