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Biblioteconomia: uma profissão em evolução

12/03/2013 11h10 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Biblioteconomia: uma profissão em evolução

Nesta terça-feira, 12, é o Dia do Bibliotecário. Mas afinal, você sabe o que faz um bibliotecário?

 

Uma imagem que muitas pessoas têm a respeito deste profissional é que ele apenas cuida e gerencia uma biblioteca, no entanto, o universo desse profissional não se restringe apenas aos livros, revistas e outros materiais das bibliotecas tradicionais há tempos. O trabalho de um bibliotecário é muito abrangente, pois se pode atuar em centros de documentação ou informação, arquivos, centros culturais, centros de memória, museus, editoras, empresas de rádio, TV e Internet, órgãos governamentais, empresas privadas e do terceiro setor, bancos de imagem, serviços de informação em geral, entre outros.

Em São Carlos existe o curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sendo este um dos mais conceituados e atualizados do país. Hoje são aproximadamente 210 alunos matriculados e mais de 500 formados desde sua primeira turma – formada em 1996.

A docente Zaira Regina Zafalon explica que as atividades que começaram em bibliotecas, com suportes físicos, foram transferidas para outro universo: o da internet. “Atividades que começaram na biblioteca, em suportes físicos, foram transferidas para a web. O universo informacional atual concentra-se na internet, onde se tem outra visão das atividades, com novas perspectivas por conta da informação em ambientes digitais. Podemos dizer que atualmente o bibliotecário trabalha com informação em contextos semânticos. Ele tem um amplo mercado de trabalho e sua formação permite que atue universos diferenciados, voltados, especificamente, para fluxos, representação e recuperação da informação”.

A professora Zaira Zafalon também conquistou o Prêmio Laura Russo, que será entregue hoje em São Paulo, oferecido pelo Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo, órgão regulador da profissão. O Prêmio é outorgado anualmente a bibliotecários, personalidades e instituições que, por meio de suas ações e atuações, promovem e contribuem para a difusão do conhecimento e construção de uma sociedade mais igualitária. “Tive a honra de receber essa premiação e entendo que seja o reconhecimento da pesquisa que venho desenvolvendo nos últimos anos em decorrência do meu doutorado”.

Em relação ao curso oferecido pela UFSCar, a professora diz que é um curso no qual se propõe maior flexibilização na formação do graduando de modo a diversificar e articular conteúdos que visem diferentes formas de atribuições profissionais e acadêmicas, sempre pautadas na responsabilidade social exercida pelo bibliotecário, arranjo que concilia, também, as práticas de pesquisa dos docentes do curso.

Formada há 11 anos pela UFSCar, a bibliotecária Priscila Marlletta, conta que escolheu essa profissão por ser uma pessoa bastante organizada. “Eu acho que um ambiente organizado ajuda muito na vida das pessoas, sem contar que trabalhar com informação é fascinante e hoje tudo é informação”.

Ela conta que, na época, a maior dificuldade que encontrou foi o reconhecimento profissional fora da biblioteca. “A ciência da informação não trabalha somente em biblioteca, mas vários tipos de empresas nacionais e multinacionais, centros de informação, pesquisa com busca e recuperação de informação. Hoje, passados dez anos de formada, vejo que está mais reconhecido, mas na época que me formei era mais difícil”.

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