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Burocracia atrasa Tapa Buracos e contratação de médicos no governo Airton

05/05/2017 12h00 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Burocracia atrasa Tapa Buracos e contratação de médicos no governo Airton

O excesso de burocracia existente na gestão pública, além dos cofres vazios e o grande volume de dívidas a pagar, vêm atrasando a realização de serviços básicos e importantes para a população como a “Operação Tapa-Buracos” e a contratação de médicos para atender a população nas UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) no governo do prefeito Airton Garcia.  

O problema não é só de São Carlos. Com a exceção de Itirapina, onde José Maria Cândido (PMDB), que administra o município pela quinta vez, foi  reeleito, e Ibaté, onde José Luís Parellla (PSDB), o Zé Parella, sucedeu a Alessandro Rosa (PSDB), do mesmo grupo político,  em Porto Ferreira , Descalvado, Ribeirão Bonito, Pirassununga, Rio Claro, Araraquara e outras, os prefeitos vêm enfrentado os mesmos problemas.

“Os processos são lentos. E às vezes as pessoas não entendem isso. Então você tem que explicar para as pessoas como funcionam as coisas”, afirma Airton. “Uma dona de casa sabe, por exemplo, que para fazer um bolo, ela precisa primeiro preparar a massa, bater a massa, esperar crescer e depois assar o bolo. Na Prefeitura é a mesma coisa. O prefeito precisa fazer alguma coisa e ele começa a fazer. Mas aí os trâmites da burocracia param isso. E muita gente não entende isso. Ele está desesperado para fazer algo, mas está se desenrolando dentro desta burocracia. Mas devagarzinho a gente vai entendendo e a população também é inteligente e sabe que desejamos solucionar os problemas o mais rápido possível”, ressalta ele.

Apesar de todo o arrojo e vontade política do prefeito, a morosidade dos processos licitatórios e dos concursos públicos impede que as soluções sejam apresentadas na rapidez que deseja Airton Garcia.  “Olha, a gente não pode fazer nada fora da lei. E a lei é cheia de trâmites. Não é que ela seja complicada, difícil. Ela é demorada. E a gente quer cumprir estes trâmites se não você fica à margem da lei”, comenta.  

O atraso nas obras públicas é um assunto que já se tornou comum entre os brasileiros, que colecionam exemplos de obras embargadas e com entregas tardias. Se observarmos a complexidade do processo, as inúmeras etapas e a dependência de órgãos ambientais ou poderes legislativo e judiciário, conseguimos identificar alguns fatores que geram o atraso numa obra pública.

A Lei 8.666 dispõe sobre normas para licitações e contratos da administração pública. Para vencer a licitação, algumas empresas fornecem informações que não condizem com a realidade. Quando a obra pública já está em execução começam a aparecer imprevistos, principalmente nos orçamentos e prazos, além de empresas concorrentes das participantes tentando impugnar o certame.

Apesar dos problemas, o prefeito não reclama e afirma que sabia que ia pegar uma Prefeitura quebrada. “Está tudo dentro script, mas nós já pagamos cerca de R$ 60 milhões de dívidas de outros governos.  Com estes R$ 60 milhões daria para recapear 1,5 milhão de metros quadrados de asfalto, ou seja, quase a cidade toda. Mas você paga dívida e ninguém vê nada. Mas não tem jeito, se você não paga as dívidas, como você faz? Você vai largar empregado sem receber salário? Você vai deixar as crianças sem merenda escolar? Então não tem jeito. Você tem que pagar o que deve!”. 

Apesar de todos os problemas, Airton é otimista e acredita que gradualmente a Prefeitura está recuperando a credibilidade.   “Hoje a Prefeitura já respira outro ar, já tem crédito, já tem certidão negativa de débito. A Prefeitura caminha para ser uma Prefeitura séria. Eu estava preparado para enfrentar uma situação difícil e não está sendo diferente. Mas tudo depende de um tempo. A gente não tem varinha mágica para resolver tudo na hora. Mas estamos devagarzinho resolvendo, cada coisa num dia, para colocarmos o trem novamente no trilho”, aposta ele. 

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