16 de Junho de 2024

Dólar

Euro

Cidades

Jornal Primeira Página > Notícias > Cidades > Contran adia exigência de simulador para habilitação

Contran adia exigência de simulador para habilitação

13/02/2014 21h20 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Contran adia exigência de simulador para habilitação

Com o argumento de que é preciso mais tempo para adequações às “peculiaridades regionais”, como disponibilidade de internet, criação de unidades itinerantes ou móveis e criação de centros de simuladores compartilhados pelos Centros de Formação de Condutores (CFCs), o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) adiou para 1º de julho a exigência do curso de simulador de direção para novos motoristas. Essa é a terceira vez que o órgão dilata o prazo para a implantação do sistema.

 

Em São Carlos existem 26 autoescolas e quatro têm o sistema, que exige o investimento de R$ 40 mil dos empresários. A estimativa é que, com a exigência da prática de cinco aulas de 30 minutos cada com o simulador, os custos para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) elevem os valores em R$ 300.

Umberto Gobato, proprietário do CFC Patum, acredita que a medida não sofre muitas alterações no Estado de São Paulo. “Não trouxe prejuízos, uma vez que as pessoas que começaram o processo de habilitação não atingiram a etapa do simulador. Estão na fase teórica”, argumentou.

Leandro Augusto da Silva, da autoescola Interlagos, afirma que em São Paulo a situação é bem confortável quanto à exigência do simulador. “Das primeiras vezes que começaram a exigir o simulador, as autoescolas correram em busca de adequações. O problema não é em São Paulo e, sim, nos Detrans de outros Estados, que não tem, sequer, conectividade à Internet para a implantação do sistema”.

De acordo com Leandro, uma CNH para habilitação em carro e moto tem um custo médio de R$ 1.840,00, incluindo os exames médicos. Com as aulas do simulados, a Carteira de Habilitação terá um acréscimo de R$ 300.

Osvaldo de Oliveira Gonçalves, da autoescola Popular, pondera que as aulas com o simulador ajudam ao aluno obter noções básicas de direção e de funcionamento de equipamentos como embreagem e freio. “O simulador traz segurança ao aluno antes de sair às ruas. Sabemos que o custo maior não agrada, entretanto contribui na formação de um motorista mais preparado para o trânsito das cidades, que está cada dia mais complicado por conta de tantos veículos nas ruas”, explicou.

 

CONTROVERSO

Na Câmara dos Deputados há um projeto de lei, de autoria do deputado Marcelo Almeida (PMDB-PR), que extingue a obrigatoriedade do simulador.

Segundo Almeida, não há qualquer comprovação técnico-científica que garanta a eficiência dos simuladores na formação de novos condutores, com vista à redução dos acidentes de trânsito no Brasil. Segundo ele, o equipamento deve ser opcional para as autoescolas que querem se diferenciar no mercado e não uma exigência.

 

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x