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Em São Carlos, 466 pessoas não tomam 2ª dose da Coronavac

Levantamento da Prefeitura inclui faltosos de fevereiro e março; até o momento foram 47.356 vacinados, o que representa 20,6% da população

14/04/2021 05h46 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Em São Carlos, 466 pessoas não tomam 2ª dose da Coronavac Foto: Divulgação e Assessoria / Butantan

No balanço da vacinação contra a Covid-19 feito pela Prefeitura de São Carlos (SP), 466 pessoas não tomaram a segunda dose da Coronavac. O levantamento registra os faltosos de fevereiro e março. De acordo com a assessoria de imprensa do município, a Secretaria de Saúde faz busca ativa por meio do cadastro de vacinação, para informar sobre a data para completar o ciclo da imunização contra a infecção causada pelo coronavírus. Porém, a iniciativa é do cidadão.

A Vigilância Epidemiológica de São Carlos, responsável pela campanha de vacinação contra a Covid, definiu um espaçamento de 28 dias entre as doses. O período vai ao encontro dos estudos divulgados pelo Instituto Butantan sobre a eficácia da Coronavac. A pesquisa aponta que o imunizante aumenta a eficácia de 50,7% para 62,3% quando o espaçamento entre as doses é superior a 21 dias

Não há problema em receber a segunda dose da CoronaVac em uma data diferente daquela determinada no cartão de vacinação, desde que dentro do intervalo de 14 a 28 dias da primeira dose.

No entanto, a infectologista do departamento de Clínica Médica da UFPel, Damise Senna, explicou que não existe vacina perdida. Caso a pessoa não tenha recebido a segunda dose no prazo estabelecido, a imunização continua valendo e basta completar o ciclo com a segunda dosagem. Não é preciso reiniciar o processo de imunização.

Em São Carlos já são 47.356 doses aplicadas, sendo 17.275 doses destinadas aos profissionais de Saúde, 28.633 em idosos e 1.448 em profissionais da Educação. O número representa 20,6% da população total de São Carlos que já recebeu ao menos a primeira dose da vacina, segundo dados da Prefeitura extraídos até segunda-feira, 12.

IMUNIDADE – Infectologistas explicaram que a primeira dose prepara o sistema imunológico para um ataque do vírus e a segunda dose aumenta a imunização, logo, o calendário deve ser seguido rigorosamente. Caso a pessoa seja infectada entre as doses, estudos indicam que a segunda vacinação deverá acontecer 30 dias após a data do exame positivo.

Após a imunização completa, infectologistas afirmaram que os cuidados contra o coronavírus devem ser mantidos uma vez que a metade da população precisa receber as duas doses para que se possam afrouxar as restrições. “Mesmo tomando as duas doses da vacina nós devemos continuar com as medidas de bloqueio de transmissão: usar máscara, distanciamento social e higienizar as mãos” afirmou Damise Senna.

Segundo a infectologista, só poderemos repensar a intensidade do bloqueio de transmissão quando se atingir 70% da população vacinada, ao que parece que só irá acontecer em 2022.

Imune

Butantan estuda aplicação de 3ª dose da Coronavac

No site do Instituto Butantan reportagem trouxe o depoimento do diretor médico de pesquisa clínica da Instituição, Ricardo Palacios, na qual revela que há estudos sobre a possível aplicação de uma 3ª dose da Coronavac. “Existem grandes preocupações sobre como melhorar a duração da resposta imune, e uma das alternativas que tem sido considerada é uma dose de reforço, seja com a própria Coronavac, seja com outros imunizantes”, disse Palacios.

Segundo Palacios, além do estudo de uma eventual 3ª dose de reforço da Coronavac, também é estudada a possibilidade de uma combinação de imunizantes com a própria ButanVac, vacina em desenvolvimento pela instituição que aguarda a aprovação da Anvisa para realizar testes em humanos. “Possivelmente a combinação dessas vacinas conseguirá melhorar a duração da resposta imune, dar um reforço adicional”, afirmou.

Além disso, o diretor do Instituto Butantan reforçou a recomendação médica aos serviços de saúde sobre o intervalo de 28 dias entre as doses da Coronavac, que, de acordo com um novo estudo clínico, provavelmente garante uma maior eficácia do imunizante.  Antes, o intervalo recomendado entre as doses era de 14 dias.

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