5 de Maio de 2024

Dólar

Euro

Cidades

Jornal Primeira Página > Notícias > Cidades > Ministério das Cidades cancela verba de R$ 17 milhões para o Saae

Ministério das Cidades cancela verba de R$ 17 milhões para o Saae

11/10/2013 23h34 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Ministério das Cidades cancela verba de R$ 17 milhões para o Saae

O Ministério das Cidades cancelou uma verba de R$ 17 milhões destinada ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de São Carlos. O dinheiro seria usado na construção da Estação de Tratamento de Esgoto Mogi, que beneficiaria moradores da Zona Norte de São Carlos, condomínios residenciais como Damha e Samambaia e chácaras da região do Varjão.

 

Segundo Sérgio Pepino, presidente do Saae, a verba remonta ao projeto da Cidade da Energia, lançado pelo governo Osvaldo Barba (PT): “Quando saiu esse projeto, a exigência é que ela fosse completa. Não poderia ser Cidade da Energia tendo esgoto sem tratamento”. Portanto, foi contemplada a construção da Estação de Tratamento de Esgoto Mogi, que abarca a bacia do Mogi Guaçu.

Segundo Pepino, inicialmente a estação estaria localizada no Varjão: “Mas ela jogaria a saída dela no córrego Jararaca e em outros, que alimentam a Represa do 29”.

Segundo ele, o investimento inicial nessa estação seria de R$ 17 milhões: “E o governo da época conseguiu financiamento do governo federal a praticamente custo zero. Mas a estação não foi aceita nos moldes em que estava o projeto”, afirma Pepino, isto porque acabaria poluindo os córregos do local e a represa do 29:

“Então o Saae, no início de 2012, re-projetou a estação, mas, re-projetada, o custo ficaria perto de R$ 40 milhões. Isso significa que o Saae deveria, então, dar uma contrapartida de R$23 milhões”.

Segundo Pepino, a reformulação do projeto custou R$ 1 milhão para o Saae, e quando ele assumiu a autarquia, essa situação já estava estruturada: “O prazo para início das obras era pequeno, mas o local em que a estação seria feita recebeu oposição da promotoria e de especialistas”, afirma.

Diz ainda que, após estudos, a solução que encontraram foi a de levar o esgoto até a jusante do 29, tirando do córrego Jararaca: “Isso tornaria mais segura a obra e mais barata, voltando a custar R$ 17 milhões. Para isso, teríamos que fazer um emissário a um custo de R$ 6 milhões. Fizemos uma licitação para fazer um projeto desse emissário”.

Explica ainda que foi pedido que o projeto fosse dividido: uma parte sendo as redes coletoras de esgoto, que seria levado para estação de tratamento de água Vermelha enquanto a estação Mogi fosse construída.

“Entramos com esse pedido através da Caixa Econômica Federal, fomos à Brasília pedir isso, mas eles foram irredutíveis: disseram que se não tivesse medição até agosto, seria cancelado. Foi cancelado e perdemos a verba por conta da não adequação ao prazo”.

Segundo Pepino, “seria impossível, em 9 meses de governo, compensar um atraso de 2 anos”.   

 

MEDIÇÃO

Segundo Pepino, para chegar à fase da medição, antes é necessário fazer a licitação, o contrato com quem venceu a licitação, o início das obras, e aó então a primeira medição: “Só uma concorrência de estação de tratamento de esgoto leva cerca de seis meses”, explica. 

 

OUTRO LADO

Durante a tarde de ontem a reportagem tentou entrar em contato com Eduardo Cotrim, ex-presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto,

mas não teve retorno. Também entrou em contato com o Ministério da Cidade, questionando o motivo do cancelamento da verba, mas até o fechamento da edição não obteve resposta.

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x