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São Carlos e Marrocos pode ter Instituto das Águas

07/07/2012 22h50 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
São Carlos e Marrocos pode ter Instituto das Águas

Uma parceria entre a Embrapa Instrumentação, o Instituto Internacional de Ecologia, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP) e a Academia de Ciências e Tecnologia do Marrocos apresentou o projeto para a criação do Instituto das Águas e Bacias Hidrográficas, tendo como bases uma unidade em São Carlos e outra em Marrocos.

 

No dia 5 julho foi realizado na Embrapa um encontro com os representantes de cada instituição, os pesquisadores Silvio Crestana, Sérgio Mascarenhas, José Galizia Tundisi e o palestrante internacional, Albert Sasson, doutor em Ciências Naturais da Universidade de Paris e membro da Academia de Ciências e Tecnologia do Marrocos.

No evento foram abordados os desafios e oportunidades em saúde, alimentos e nutrição, além dos primeiros passos para a constituição do Instituto.

Crestana explicou que o projeto tem dois grandes objetivos. O primeiro é a integração maior das áreas de instrumentação agropecuária e produção de alimentos, o que em Marrocos, ainda é um grande desafio.

Convidado pelo pesquisador, que também é membro da Academia, a visita de Sasson significou o primeiro passo para o entendimento sobre o projeto. A discussão sobre a iniciativa dos estudos teve início em fevereiro deste ano, quando Crestana esteve em Marrocos para uma reunião anual da organização.

Albert Sasson tem uma vasta experiência em pesquisa envolvendo microbiologia, focada nos microorganismos de fixação livre e simbiótica de nitrogênio. Desde janeiro de 2000, ele fornece serviços de consultoria para a Unesco, Comissão Europeia e várias instituições marroquinas.

O outro objetivo é uma necessidade que também atinge o Brasil, o manejo e reuso da água para o fim industrial, urbano e rural. Neste caso a participação do professor Tundisi é fundamental para o desenvolvimento do projeto.

“Estamos aproveitando o momento de interação para deixar mais forte a parceria entre a Embrapa e o Instituto Internacional de Ecologia para estreitar e reforçar a cooperação que já existe historicamente” diz Crestana.

Segundo Tundisi, o objetivo do reuso das águas é que não fique apenas no gerenciamento a nível de bacias hidrográficas, mas também otimizar o consumo da água através do reuso seletivo, tanto na indústrias quanto na agricultura.

“Para isso é importante desenvolver tecnologias de reuso, padrões e qualidades da água utilizada. Como, por exemplo, para irrigar hortaliças com água de reuso é necessário um padrão sanitário da água”, ressalta o pesquisador.

Esta parceria entre Marrocos e São Carlos irá desenvolver a criação do Instituto de Águas e Bacias Hidrográficas de uma forma ampla e sistêmica e interdisciplinar. A tecnologia empregada poderá viabilizar melhores condições para as regiões semiáridas dos dois países, como o Nordeste brasileiro.

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