5 de Maio de 2024

Dólar

Euro

Cidades

Jornal Primeira Página > Notícias > Cidades > Sociedade Médica teme propagandas de projeto futuro

Sociedade Médica teme propagandas de projeto futuro

27/07/2013 13h44 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Sociedade Médica teme propagandas de projeto futuro

Sobre o Programa Mais Médico, lançado pelo Ministério da Saúde, o presidente da Sociedade Médica de São Carlos o médico neurologista Francisco Márcio de Carvalho destaca que existem pontos favoráveis e outros polêmicos.   

Ele aprova a maior valorização do profissional, mas também questiona o caráter “midiático” de tal medida. “A elevação  da remuneração médica é indiscutivelmente uma grande conquista para a classe entretanto não nos será favorável se os demais profissionais da área não receberem o mesmo reajuste salarial. Outro ponto favorável é a promessa de ampliação do número de vagas para a residência médica, se não me engano, de 17 mil,que permitirá uma melhor qualificação e incremento na qualidade da assistência médica por parte de profissionais de todo o pais. Também será bem recebida a medida que visa a ampliação da rede de assistência hospitalar e também da rede básica de saúde como exemplo durante discurso do ministro da saúde São Carlos será contemplada  com a implantação imediata do hospital escola”.

Por outro lado, Carvalho teme o apelo publicitário de tais medidas. “O que é difícil é o entendimento de que sendo essa uma medida provisória espera-se que haja urgência em sua implantação e não apenas discursos e apenas propagandas de um projeto para o futuro”.  

 

ESTRUTURA DE ATENDIMENTO – O médico também afirma que a melhoria do atendimento depende muito das condições de trabalho oferecidas. “Atendimento digno e eficiente depende também da melhoria das condições ambientais de trabalho; é difícil a situação de profissionais médicos que muitas vezes na linha de frente do atendimento SUS têm imensa limitação em seu trabalho por falta de infraestrutura e acesso a exames complementares de alto custo como ressonância magnética, por exemplo, que em algumas localidades demora mais que um ano para a realização deste exame complementar, hoje tão corriqueiro”.

Além disso, segundo Carvalho, em regiões mais distantes e cidades menores o investimento para a implantação de serviços de alta complexidade deve ser maciço e a tabela do SUS precisa ser revista e atualizada para custeio destes procedimentos. “A simples ampliação do número de profissionais médicos não é a única demanda de saúde em nosso País”.    

 

IMPOSIÇÕES PARA OS ESTUDANTES – Quanto à medida do Governo Federal que vai obrigar os estudantes de  medicina que começarem o curso em 2015 a trabalharem por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) como requisito necessário para ter o diploma, ele condena totalmente. “Obrigatoriedade de tarefa me remete a recordar os Estados totalitários e autocráticos que são antagônicos à democracia, entretanto se houver a oferta de vagas em residência medica para todos os profissionais médicos aqui formados como vem sendo prometido essa obrigatoriedade torna-se desnecessária pois durante o programa de residência medica todos nós atendemos exclusivamente pacientes do Sistema Único de Saúde, portanto posso concluir que faltou reflexão na elaboração desta medida”.

 

 

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x