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CineUFSCar apresenta ‘O Menino da Internet: A história de Aaron Swartz’

24/09/2014 11h05 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
CineUFSCar apresenta ‘O Menino da Internet: A história de Aaron Swartz’

O CineUFSCar desta semana é uma sessão especial devido a importância do filme que será exibido. O filme ‘O Menino da internet’ traz uma discussão muito atual: a internet e o compartilhamento de informação. Aaron Swartz foi um programador americano, escritor, organizador político e ativista na Internet. Em janeiro de 2013 cometeu suicídio, meses antes de seu julgamento no caso de pirataria do arquivo da biblioteca do MIT (Massachusetts Institute of Technology). A exibição acontecerá no anfiteatro Bento Prado Jr, área norte da UFSCar, às 19h.

O caso de Aaron Swartz ficou famoso por várias razões. A primeira por se tratar de um prodígio no campo da internet e desenvolvimento de sistemas. Outro motivo muito pertinente foi quando Swartz resolveu compartilhar o banco de dados da plataforma (JSTOR) de artigos online do MIT. No artigo da jornalista da revista Época, Eliane Brum, fazer download de vários arquivos era permitido na universidade, porém o ativista baixou aproximadamente 5 milhões de publicações para compartilhar com mundo.

Depois de devolver e garantir que não iria comercializar tais conteúdos a universidade retirou a queixa, porém, o processo penal continuou tramitando, o que causou muitos transtornos na vida de Aaron.  O rapaz cometeu suicídio aos 26 anos e seria julgado em abril do mesmo ano. Muitas questões ainda giram em torno da morte dele. Este caso que traz à tona a reflexão sobre a pirataria, o compartilhamento de informações e o acesso à propriedade intelectual na rede mundial dos computadores.

O filme foi dirigido por Brian Knappenberger, que também foi produtor do documentário sobre o grupo Anonymous. A realização deste só foi possível através da submissão do projeto em uma plataforma de financiamento colaborativo, conhecida como Kickstarter. Inicialmente precisavam de U$75 mil, mas a arrecadação foi superior chegando a quase U$100 mil em doações. Além disso, Carlos Eduardo Magalhães, responsável pela programação do CineUFSCar, conta que “as legendas do filme também foram feitas de maneira colaborativa e já foi realizada em muitas línguas, contando essa história pelos quatro cantos do mundo”. A distribuição do filme é toda gratuita e é feita pelos próprios realizadores. 

A sessão será seguida de debate com João Carlos Massarolo, cineasta e professor da UFSCar;  Aracele Torres, mestre em História Social pela Universidade de São Paulo; e Filipe Saraiva, entusiasta do software livre. Para mediar, o professor da Imagem e Som da UFSCar de Dario Mesquita.

 

Sinopse

O filme narra à história do jovem Aaron Swartz (1986-2013), um jovem programador norte-americano que acreditava na mudança radical do mundo através da internet e da computação. Durante toda a sua vida, Aaron usou a programação computacional como uma forma de nos ajudar a resolver problemas e tornar o mundo um lugar mais democrático, justo e eficiente. Em uma destas tentativas, Aaron irá usar a rede do MIT (Massachusetts Institute of Technology) para realizar o download massivo de milhões de artigos acadêmicos de uma base de dados privada chamada JSTOR. Nesse meio-tempo, o Ministério Público dos Estados Unidos irá conduzir um processo criminal contra Aaron, que termina por levá-lo ao suicídio.

 

Ficha Técnica

Filme: The Internet’s Own Boy: The Story of Aaron Swartz

País: EUA

Gênero: Documentário

Ano: 2014

Duração: 105min

Direção: Brian Knappenberg

Cor: Colorido

Som: Estéreo

Língua falada: Inglês 

Legendas: Português

Classificação indicativa: 10 anos

 

Prodígio

Aaron Swartz foi considerado um prodígio da internet. Aos 14 anos já desenvolvia ferramentas, programas para internet. Participou da criação dos sistema RSS (recurso que permite que o internauta receba atualizações de sites e blogs) da plataforma Reddit, e do Creative Commos, licença que libera conteúdo sem cobrança de alguns direitos autorais. Seu sonho era mudar o mundo, acreditava que ao disponibilizar o conhecimento acumulado pela humanidade pela internet estaria contribuindo para chegar a esse mundo melhor.

Outra motivação para utilização da rede era a de fiscalizar o poder público e conquistar avanços e políticas públicas, através de plataformas online. Criou a partir desse ímpeto o site WatchDog, para criação de petições públicas. Na mesma linha criou Demand Progress, sistema que através de campanhas online que coloca pessoas comuns em contato com congressistas e advogados em causas coletivas. 

Foi criador da Open Library, que tinha o objetivo de disponibilizar uma página para cada livro já publicado no mundo. Ainda lançou um manifesto intitulado “A informação é poder. Mas tal como acontece com todo o poder, há aqueles que querem guardá-lo para si”. 

 

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