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Samba da Antiga traz homenagem à Portela em show no Sesc

23/09/2014 20h37 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Samba da Antiga traz homenagem à Portela em show no Sesc

O grupo Samba da Antiga, capitaneado pelo músico e sambista são-carlense, Antônio Carlos Leme apresenta uma homenagem à Portela resgatando as músicas que marcaram a trajetória da escola de samba carioca, história que se mistura com a do próprio samba.

O show “Tantas Páginas Belas – Homenagem à Velha Guarda da Portela” acontecerá no domingo, 28, às 15h30, na área de convivência do Sesc São Carlos. A entrada é gratuita.

O repertório traz clássicos como compostos por mestres como: Aniceto da Portela, Manacéa, Heitor dos Prazeres, Candeia, Zé Ketti, Wilson Moreira, Monarco, Noca da Portela e Paulinho da Viola, entre outros que, através da música defenderam o samba e as cores azul e branco marca registrada da Portela.

É nesse universo que Leme, acompanhado dos músicos do Samba da Antiga, mergulhou nos últimos meses resgatando clássicos e músicas desconhecidas do grande público, mas que tem relevância na trajetória portelense.

O novo show foi inspirado pelo livro “Tantas Páginas Belas – Histórias da Portela” do historiador Luiz Antônio Simas. “O texto me motivou a pesquisar os mestres que durante décadas tem feito sambas maravilhosos na Portela e para a Portela”, disse Leme.

Simas é bacharel, licenciado e mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No livro, o autor contar a história da escola de samba que foi 21 vezes campeã do Carnaval carioca. “Tracei um panorama sobre a história da escola, desde a fundação aos dias atuais, destacando o papel de vanguarda que a agremiação exerce no samba”, disse Simas sobre o livro.

Nesse sentido, o show do Samba da Antiga em homenagem à Portela promete um resgate de sambas que estão na memória afetiva do brasileiro, “que ao som do primeiro acorde todos sabem cantar”, projetou Leme.

 

Superação

O novo projeto ligado ao samba deu novo rumo à carreira de Leme, que após um hiato de nove meses longe das rodas de samba provocado por um AVC (Acidente Vascular Cerebral) que o tirou de circulação.

O momento é de superação, que traduz-se aqui em um esforço diário e constante com sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, acupuntura, e terapia ocupacional para tentar reduzir- e por que não – eliminar as sequelas que a doença deixou após o fatídico 15 de dezembro de 2013. Para o músico, esse dia tem mais peso de reflexão do que de tragédia.

“Percebo agora que era o momento de parar e rever tudo que eu estava vivendo. Minhas conquistas hoje são feitas no dia a dia, gradativas, mas, muito importantes para mim”.

 

Sobre a Portela

O Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela é uma das mais tradicionais e conhecidas escolas de samba da cidade brasileira do Rio de Janeiro. É carinhosamente chamada de “A Majestade do Samba” e forma, juntamente com a Deixa Falar e a Mangueira, a tríade das escolas fundadoras do carnaval carioca. Foi fundada oficialmente como um bloco carnavalesco, chamado Conjunto Oswaldo Cruz, em 11 de abril de 1923,1 no bairro de Oswaldo Cruz. Embora haja estudiosos que acreditam que a escola tenha sido fundada em 1926, o ano oficial de fundação é 1923, mesmo ano de criação do bloco “Baianinhas de Oswaldo Cruz”, que já continha o embrião da primeira diretoria portelense. Mudou de nome por duas vezes – “Quem Nos Faz É O Capricho” e “Vai Como Pode” -, até assumir definitivamente a denominação Portela, em meados da década de 1930. 

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