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“Somos Tão Jovens” estreia no cinema e divide opiniões

13/05/2013 22h20 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
“Somos Tão Jovens” estreia no cinema e divide opiniões

O filme “Somos Tão Jovens”, que está em cartaz nos principais cinemas de todo o país e conta a juventude de Renato Russo antes da fama até o surgimento da banda Legião Urbana, tem lotado as salas de cinema por um público fiel à banda e também por jovens da nova geração que não chegaram a vivenciar a época do artista, o que mostra que o legado deixado por Renato ainda sobrevive e conquista fãs.

 

Em “Somos Tão Jovens”, o ator Thiago Mendonça interpreta Renato Russo, jovem que sai do Rio de Janeiro para viver em Brasília. Durante o longa, a primeira fase do roqueiro com a formação do Aborto Elétrico, o sofrimento com a doença óssea rara, a epifisiólise, e o início do sucesso são abordados na trama. O elenco ainda conta com os atores Sandra Corveloni, Laila Zaid e Marcos Breda. A direção é de Antônio Carlos da Fontoura.

Outras figuras que se tornariam conhecidas na música brasileira são retratadas, como Dinho Ouro Preto e Herbert Vianna. A ajuda de Herbert, interpretado de modo caricatural, mas engraçado, para o início da Legião, ao gravar “Química” e fazer o contato entre Renato e o então jornalista Hermano Vianna, seu irmão, é breve, porém importante na história.

Para o cineasta, Antônio Massarolo, é interessante que haja produções no cinema que abordem as questões de brasilidades e suas histórias, porém filmes com as mesmas características de “Somos Tão Jovens” que retratam a vida de importantes artistas nacionais geralmente não buscam outro ângulo, o que acaba caindo na mesmice.

“Particularmente estou um pouco cansado desses filmes de retrato de artistas. Normalmente mostram a música, os amigos dão depoimentos, mostram partes da trajetória, mas não abordam outro lado. É importante que se haja uma coerência mais interna que mostre a ética, a visão de mundo, o processo de criação e como realmente pensavam esses artistas. Nem todos os filmes desse gênero estão sendo fiéis a um público mais crítico e sim estão atendendo a uma ‘cultura de celebridades’ mostrada de forma fragmentada e superficial apenas”.

Já o historiador Thomas Nelson Vargas, que assistiu ao filme recentemente, afirma que a obra se manteve fiel à história de Renato Russo, mostrando toda a realidade vivida pelo artista. “O filme é excelente, resgatou muito bem quem foi o Renato, mostrando que a solidão é capaz de moldar um grande artista e poeta. Mostra toda a efervescência do Rock brasileiro e um tempo em que os jovens protestavam onde o inimigo era a ditadura. O Renato foi o símbolo desse tempo”.

Vargas completa: “Fiquei surpreso com a quantidade de adolescentes e jovens que estavam presentes no cinema. Isso mostra que a música e as ideias do Renato e da banda ainda são atuais”.

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