Construção civil de São Carlos sofre retração no 1º trimestre do ano
O setor de construção civil em São Carlos mostra retração na contratação de mão de obra em fevereiro e março, em relação a janeiro de 2013. Os dados da regional Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) mostram que janeiro foi um mês promissor com saldo 3,14%, o que representa 114 novos empregos. Já em fevereiro e março as contratações chegaram a 76 (2,03%) e 10 (0,29%), respectivamente, o que mostra o declínio na empregabilidade do setor.
De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o mês de março foi o que menos empregou na construção civil. O saldo final de 10 contratações reflete as 258 demissões contra 268 admissões que geraram o percentual de 0,29%, o pior do momento.
Para o diretor regional do Sinduscon, Eduardo Nogueira, não há “decadência” na mão de obra qualificada, mas sim um avanço nos meios de produção, nos quais equipamentos e máquinas começam a substituir, naquilo que é possível, a mão de obra humana.
Com este ponto de vista, os chamados artesãos especializam-se nos trabalhos essenciais, onde a mão de obra artesanal é requerida.
“O dinamismo de nossa sociedade não favorece a formação destes artesãos, o que provoca uma falta no mercado de trabalho”, comenta o diretor.
Nogueira ainda completa que “a inovação veio para facilitar a mão de obra, onde o trabalho pesado está sendo substituído por máquinas”. Contudo, ele afirmou que jamais o ser humano estará excluído do processo construtivo.
SÃO PAULO – Nos Estado de São Paulo, os dados do Sinduscon, até fevereiro, apontam a variação mensal de 0,51%, resultando na atividade de 883 mil empregados, o que representa uma participação de 25% na construção civil brasileira.
PERFIL – Entre as contratações da construção civil, o setor de obras representa 75,3% e o de serviços 24,7%. Em todo o País o setor no primeiro bimestre de 2013 fechou com a contratação de 6,8 milhões de empregados.
Balela,