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Desemprego em São Carlos aumenta 9,2%

19/02/2013 11h27 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Desemprego em São Carlos aumenta 9,2%

O nível de emprego de São Carlos em 2012 mostra que o número de demissões cresceu em 9,2% comparado com 2011. Já as contratações cresceram em menor escala de um ano para o outro, atingindo 4,4%. O índice de demissões representa o dobro das contratações na comparação dos últimos dois anos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

 

O saldo de 12 meses mostra que a cidade perdeu 1.470 postos de trabalho. O número de demissões ocorridas no ano chegou a 36,4 mil, o que equivale a 9,1% a mais que o mesmo período de 2011.

No período, o setor que mais sofreu com a queda de emprego foi a indústria que demitiu 7.417 e gerou um saldo negativo que representa 3,3% em 12 meses. Na outra ponta, com crescimento constante e sustentável está a construção civil que registrou um saldo de 7,4% contratando 2.953 no período.

O setor de comércio e serviço desponta como o maior empregador da cidade. Ele soma 2.211 carteiras assinadas em 12 meses. O setor de serviço, por exemplo, demitiu 14,6 mil contra 16 mil admitidos. Gerou um saldo de 5,6% e passou a ser o líder na contratação.

Os números negativos no nível de emprego mostram que dos oito setores produtivos identificados pelo Caged, dois registram saldo negativo. O setor agrícola traz nos dois últimos anos índices de retração demitindo mais que contratando como ocorreu também na indústria.

Para o presidente do Sindicato Rural de São Carlos, Eunízio Malagutti, a perspectiva do mercado da agropecuária na região é se estabilizar, mas sem grande crescimento no número de empregos.

“A mão de obra especializada tem campo e mercado na região que tem como principal cultura a cana-de-açúcar. A grande mecanização do setor já chegou e o sindicato tem buscado qualificar esse funcionário para o setor agrícola”, disse.

Compartilha o mesmo ponto de vista a empresária do setor de serviços, Mirian Franco, ao afirmar que o gargalo na contratação é a mão de obra especializada. Ela afirma que o setor não cresce mais rápido por conta do empecilho da qualificação. “Hoje trabalhamos dentro da empresa com cursos próprios para padronizar um serviço e gerar mais resultados para o trabalhador. Com isso eu ganho a fidelização dele na empresa”, afirmou.

Ela explicou que a empresa acaba tendo como grande concorrente o seguro desemprego. “Muitas pessoas não aceitam a vaga para manter por um período o benefício do governo. Abrem mão de uma vaga estável por um seguro temporário”, disse.

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