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Preço de pimentão varia entre R$ 5,99 e R$ 17,90

29/03/2013 10h21 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Preço de pimentão varia entre R$ 5,99 e R$ 17,90

O são-carlense que quiser preparar o almoço da Páscoa com economia o que mesmo que gostar de legumes para o dia a dia, precisa pesquisar preços. Afinal, além da disparada nos preços de alguns produtos, uma visita a varejões e supermercados da reportagem do Primeira Página, detectou diferenças fantásticas nos preços de alguns alimentos, com destaque para o pimentão e o tomate.

 

Em um sacolão de um bairro o quilo custa R$ 5,99 e em outro, localizado na mesma rua, o valor chega a R$ 17,90. A diferença em percentagem chega a 198%. Em valores a diferença entre um preço e outro é de R$ 11,91. A reportagem também encontrou o preço do pimentão amarelo variando entre R$ 10,90 e R$ 16,90. Em um hipermercado da cidade, o preço do pimentão amarelo era de R$ 12,95 e o vermelho em R$ 13,98. Em outro supermercado popular o preço do pimentão amarelo estava em R$ 11,99.  “Vou comprar pimentão verde, que está mais em conta”, afirmou a dona-de-casa Camila dos Santos. Para o eletricista Jorge Ventura Lemos, o mais importante é pesquisar. “Não podemos comprar no primeiro supermercado ou varejão. É necessário usar o tempo para economizar, pois o dinheiro não está nada fácil de ganhar e a inflação está de volta”, comenta. Uma dona de quitanda que não quis se identificar ressaltou que amanhã, Sexta-Feira Santa, poderá haver novos reajustes nos preços de alguns legumes para pegar os consumidores de última hora.

 

TOMATE – Outro produto que teve uma grande alta de preços foi o tomate. Os preços do quilo deste legume variam, no comércio de São Carlos entre R$ 6,59 e R$ 7,97, mas também há outros preços, como R$ 6,69 e R$ 7,90.

 

Especialista culpa “excesso de chuvas” pela alta de preços

O presidente do Sindicato Rural de São Carlos e Ibaté, o engenheiro agrônomo e produtor rural Eunízio Malagutti, ressalta que as altas de alguns alimentos são perfeitamente explicáveis pelo clima, produtividade e lei da oferta e da procura.  “O tomate e o pimentão são culturas hoje altamente regionalizadas. Na década de 1960, São Carlos foi um grande produtor de tomate a ponto de ter 10 milhões de pés de tomate. Estas áreas de plantio foram se expandido, passaram para Monte Alto e Taquaritinga, onde se desenvolveu até mesmo o tomate industrial”.

Malagutti enfatiza que o tomate e o pimentão são lavouras que exigem muito trato e muito defensivo, além de um clima apropriado. “O tomate e o pimentão não gostam do excesso de chuva nos galhos e nos pés da planta, mas sim nas raízes. Como tem chovido muito, naturalmente algumas lavouras foram prejudicadas, o que prejudicou a produção”.

O agrônomo destaca que neste período os dois legumes atualmente são “temporões”, ou seja, produzidos fora da época de safra, onde há produção em abundância. “Mas o grande plantio de pimentão e tomate é feito no mês de março até abril nas regiões onde não devem ocorrer geadas, pois elas não suportam o frio. Como a chuva vai escassear e vai haver umidade nas raízes, as lavouras serão de grande produtividade. Este preço é temporário e estes produtos estão muito caros. A partir de um equilíbrio que ocorrerá nos próximos meses será natural uma queda nos preços, ocasionadas pela maior oferta destas duas leguminosas. O tomate é de grande consumo, já o pimentão tem um consumo mais reduzido”.

Ele ainda explicou que estas altas de preços não são novidades. “No ano passado, o tomate chegou a custar R$ 6 ou R$ 7 depois caiu para R$ 2 ou R$ 3, o que vai se repetir. De janeiro para cá houve um aumento destes dois legumes de mais de 100%. Mas em dois ou três meses teremos uma queda natural dos preços”.

 

BACOLHOADA NÃO É VILÃ – O ruralista nega que a tradicional bacalhoada seja o motivo da alta dos preços dos dois legumes. “Na verdade, o que mais vai na bacalhoada é grão-de-bico, batatinha e outros produtos. O aumento de preço não tem a ver com a Páscoa, é questão de época de produção, clima e regionalização, ou seja, o lugar onde estas culturas estão sendo cultivadas”.

 

A Páscoa pesará no bolso

O almoço de Páscoa deste ano pesará mais no bolso dos brasileiros, aponta o IBRE. A cesta de Páscoa está 19% mais cara em comparação com o ano passado, muito acima da inflação acumulada entre março de 2012 e fevereiro de 2013, que foi de 6,04%.

 Entre os alimentos que não podem faltar, os que mais subiram de preço foram os in natura, como batata-inglesa (106,04%) e cebola (63,49%). Os pescados e ingredientes que os acompanham também venceram a inflação. O bacalhau subiu 9,18%; o azeite, 11,66% e os peixes frescos, 15,07%. Uma boa notícia é que entre tantos reajustes acima da inflação, bombons e chocolates (3,58%) — excluindo ovos de Páscoa —, e vinho (4,47%) registraram aumento de preço abaixo da inflação.

 André Braz, e economista do IBRE e responsável pelo levantamento, destaca que o aumento foi registrado nos últimos 12 meses, o que afasta os efeitos sazonais. Braz ainda faz um alerta: os preços podem aumentar ainda mais no decorrer da semana que antecede o feriado. “O consumo de determinados produtos deve se intensificar e o valor deles será ainda mais alto, especialmente do peixe fresco. É o que chamamos alta temporária, forçada pelo aumento da procura”, explica.

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Thakeo P.
Thakeo P.
11 anos atrás

No varejão da Carlos Botelho, o tomate está R$ 11,99, e tem quem compra!! Infelizmente a população parece que não pesquisa………por comodidade vai sempre nos mesmos lugares, por isso que encontramos estes descalabros nos preços. As notícias nos jornais de hoje deixam claro que o governo “relaxou” o combate à inflação (aumento de juros) em detrimento do emprego. Até parece que as eleições são amanhã, tia Dilma fazendo de tudo para se reeleger, como é doce o “PUDER” !!! E o povo……..top, top, top!

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