Britânicos se candidatam para manter Jogos seguros
O empresário David Bradley, bem vestido de camisa e gravata, sentado no centro de recrutamento, uma escola abandonada em uma parte degradada do leste de Londres, esperava para completar um formulário para se candidatar à vaga de segurança nas Olimpíadas de Londres.
“Eu provavelmente nunca mais verei as Olimpíadas na Grã-Bretanha”, disse. “É uma oportunidade de estar perto dos Jogos – do burburinho”.
Esse proprietário de um salão de bronzeamento de 56 anos é um dos 34.000 candidatos para 10.000 postos abertos para proteger o evento esportivo neste verão.
A Olimpíada será a maior operação de segurança em tempos de paz na Grã-Bretanha, e os guardas receberão um treinamento antiterrorismo.
O país vem sendo alvo de militantes islâmicos há anos, como um grande aliado da ação militar norte-americana no Iraque e no Afeganistão, e 52 pessoas morreram em ataques suicidas na capital em 2005 – no dia seguinte à vitória de Londres para sediar os Jogos.
Bradley, que será submetido a vários testes se for selecionado, pode ser um dos primeiros rostos que os espectadores verão ao se aproximar de um dos 30 locais do evento.
Todos os seus sentidos serão testados, com exceção do paladar. Daltonismo o excluiria de trabalhar nas máquinas de raios-X na entrada dos estádios, enquanto problemas de audição restringiriam suas chances de responder a um alarme.
Haverá uma investigação para saber se ele tem antecedentes criminais ou dívidas. As autoridades também vão querer saber se ele tem direito de trabalhar na Grã-Bretanha e pedirão referências pessoais.