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Saidinha de banco assusta população de São Carlos

18/04/2014 00h26 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Saidinha de banco assusta população de São Carlos

O crime conhecido como “saidinha de banco” tem aumentado em São Carlos. Um levantamento feito pelo portal do Primeira Página (jornalpp.com.br) mostra que somente de janeiro a abril deste ano, a cidade já registrou 21 ocorrências deste tipo. Em 2013, foram 14 casos.

 

A última ocorrência registrada na cidade foi no dia 14 de abril, quando duas pessoas foram vítimas deste tipo de crime. Na ocasião, os criminosos roubaram dois malotes, enquanto as vítimas deixavam as agências na região central. Ao todo, os bandidos levaram a quantia de R$ 7.700,00.

Com medo, a população tem se preocupado com este tipo de crime. O empresário Nivaldo Manzini contou que já foi assaltado depois que sacou um pouco mais de R$2 mil. “Os criminosos me surpreenderam quando parei o carro em frente à empresa. Eles me seguiram o tempo todo e não percebi nada”, disse ele.

Segundo Manzini, falta patrulhamento da Polícia Militar e medidas de segurança dentro dos bancos. “Hoje, a população tem que se adaptar aos criminosos, não podemos mais sacar dinheiro, está muito perigoso”.

 

Para a farmacêutica Larissa Coron, a maior situação de perigo acontece à noite, principalmente para quem precisa fazer uso dos caixas eletrônicos. “Depois do horário de expediente fica difícil ver uma viatura da Policia Militar, isso facilita a ação dos criminosos”.

O empresário Benedito Pinheiro evita ir ao banco sozinho quando precisa sacar uma quantia maior em dinheiro. “Quando o saque é inevitável, costumo não vir sozinho e procuro sempre observar o que acontece ao meu redor. Os bancos deveriam por proteções em todos os caixas”.

De acordo com o sub-comandante da 1º Cia da Policia Militar, em São Carlos, Wagner Rocha Gonçalves,  os crimes de roubo aumentaram consideravelmente em São Carlos.

Segundo o Tenente Gonçalves, este tipo de crime acontece geralmente na época de pagamento, pois muitas pessoas sacam valores altos, como funcionários de empresas e pessoas vulneráveis, como os idosos. “As pessoas devem evitar sacar grandes quantias, e sim, preferir realizar transferências como DOC, TED ou transações via internet”.

O tenente ainda afirmou que a Polícia Militar tem reforçado o patrulhamento dos bancos para tentar inibir este tipo de crime, porém, pede para que a população fique atenta a qualquer movimentação suspeita. “Infelizmente o criminoso se infiltra em locais bastante movimentados, assim a polícia tem dificuldade em localizar e identificar este criminoso. A ajuda da população é muito importante para combater este tipo de crime”.

Gonçalves disse que os criminosos nunca agem sozinhos e, por isso, a população deve ficar atenta a qualquer ato de bondade dentro das agências. “Evite passar informações como senha e conversar com estranhos dentro do banco. Qualquer dúvida, a pessoa deve procurar um funcionário da agência e também acionar a PM pelo 190”.

 

Bancos

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirmou que em 2003, os bancos investiam anualmente R$ 3 bilhões de seus recursos nesta área, mas este valor foi triplicado para R$ 9 bilhões, fazendo com que, ao longo de dez anos, o investimento em segurança crescesse 200%.

 

PROJETO ARQUIVADO

Em 2010, o ex- vereador Normando Lima apresentou à Câmara Municipal o projeto de lei no. 526, que visava proibir a utilização de telefone celular ou equipamento similar no interior de instituições financeiras, casas lotéricas e congêneres. O intuito era coibir o crime conhecido como “saidinha de banco”

Na sessão realizada no dia 19 de outubro daquele ano, a pedido do próprio vereador, o  projeto foi retirado de pauta, pois segundo ele  havia recebido diversos e-mails com críticas agressivas à proposta.

A assessoria da Câmara Municipal disse que na ocasião foi aberta uma consulta pública via internet na qual registrou 49,12% das manifestações favoráveis e 50,88%  contrárias à proibição do celular nas agências bancárias.

Em 11 de março de 2011, Normando retomou o assunto quando protocolou na Câmara um novo projeto de lei com a mesma proposta, entretanto o Projeto de Lei no. 58 foi arquivado.

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