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Em recuperação judicial, Opto Eletrônica busca apoio com ministro da Defesa

19/11/2015 00h17 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Em recuperação judicial, Opto Eletrônica busca apoio com ministro da Defesa

O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, esteve em São Carlos na manhã de ontem. Na ocasião, ele visitou a empresa Opto Eletrônica, que está em processo de recuperação judicial. O pedido de apoio à empresa foi apresentado pelo prefeito Paulo Altomani (PSDB), durante a 67ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que aconteceu em julho, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Na ocasião, Rebelo era o ministro da Ciência e Tecnologia. A imprensa não foi convidada pela Opto para acompanhar o encontro e nenhum dos diretores comentou sobre o assunto. A situação financeira da empresa foi revelada durante entrevista concedida no Paço Municipal.

“Quando o ministro Rebelo esteve em São Carlos em julho, levamos a nossa preocupação com relação à situação da Opto Eletrônica. Fizemos a visita hoje e recebemos a notícia que o governo federal não vai medir esforços para dar suporte à sobrevivência da empresa. São poucas empresas no Brasil que desenvolvem projetos de defesa como a Opto”, salientou Altomani.

CRISE – Durante entrevista, Aldo Rebelo comentou que a indústria de alta tecnologia gera emprego de alta tecnologia e dá sustentação à economia brasileira. Ele enalteceu que São Carlos produz mão de obra qualificada em função de duas importantes universidades públicas – USP e UFSCar – e que o governo não pode se furtar em contribuir no processo de recuperação da Opto. “A Opto passa por um momento de ajuste. Ela dispõe de mecanismos e instrumentos legais para funcionar e fazer acordos com os credores. E o governo tem todo o interesse que essa empresa continue em atividade. É uma empresa de interesse da segurança nacional e um patrimônio do Brasil”, explicou.

VALOR – Em entrevista ao Valor Econômico há dois meses, a direção da empresa confirmou a dispensa de suas equipes técnicas ao reduzir de 85 para apenas 18 o núcleo de engenheiros e técnicos que atuavam na área de optrônica (único núcleo no Brasil).

Foi com este grupo que a empresa desenvolveu a câmera de alta resolução do satélite Brasil-China (considerado um marco para o programa espacial brasileiro) e o projeto do míssil A-Darter, feito com a África do Sul. Na mesma entrevista, o diretor de pesquisa e desenvolvimento da Opto, Mário Stefani, afirmou que 40% dos profissionais que saíram da empresa foram trabalhar em universidades e 20% estão sendo absorvidos por empresas e universidades estrangeiras.

“O governo tem a noção da sua responsabilidade que os produtos de defesa dependem das compras governamentais. É com essa compreensão que vamos ajudar na sobrevivência da Opto”, garantiu Rebelo.

O ministro da Defesa afirmou que, além dos agentes financiadores como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Opto Eletrônica procura aporte de capital por meio de novos sócios.

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