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Envolvidos na ‘Máfia das Multas’ responderão a processo

27/06/2013 09h17 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Envolvidos na ‘Máfia das Multas’ responderão a processo

Servidores públicos envolvidos no que foi denominado de ‘Máfia das Multas’ responderão processo por improbidade administrativa. O 8º promotor de Justiça de São Carlos, Luiz Carlos Santos Oliveira, concluiu o inquérito, aberto no início de 2012, e afirma ter encontrado provas de irregularidade no caso, que ocorreu durante a administração de Oswaldo Barba (PT).

 

“Ingressei com uma Ação Civil Pública junto à Vara da Fazenda com pedido de reconhecimento de ato de improbidade administrativa praticado por alguns servidores, inclusive algumas pessoas que se beneficiaram com o sistema de cancelamento de multa”.

Segundo o promotor, esses atos de improbidade se concretizaram nas formas de não inserção de multas no sistema e na exclusão de multas que haviam sido inseridas: “Essas provas são depoimentos de pessoas que se favoreceram, análise de documentos e inconsistências. Os autos de infração dessas pessoas foram analisados, confrontados com informações de uma empresa que fazia esse processamento e que gerava as notificações”.

Como exemplo, ele cita o caso de uma multa ocorrida em 2010, mas que não estava cadastrada na Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp).

Descreve também casos em que a prefeitura resolveu inserir multas no sistema e colocar vencimento para 2012 um ano depois de a multa ter sido dada: “Isso depois de instaurado inquérito”.

A exclusão de multas mesmo após o pagamento, explica o promotor, tinha como objetivo não gerar anotação na pontuação da carteira.

No entanto, ele ressalta: “Fizemos análise dos autos de infração que a representação trouxe aqui, pois é quase impossível fazer análise de todas as multas que ocorreram”.

Segundo ele, foram analisados 22 autos: “Mas foram selecionados e considerados irregulares catorze deles”. 

O promotor explica que agora as pessoas envolvidas serão notificadas para apresentarem defesa e depois serão citadas: “Pedi pena de improbidade administrativa e pedi para que o secretário da época seja obrigado a pagar as multas”.

A condenação por improbidade administrativa pode gerar perda da função pública, suspensão de direitos políticos, multa civil e proibição de contratar e receber benefícios do poder público.

 

 

Relembre o caso

No dia 31 de janeiro de 2012, o vereador Marco Antônio Amaral (PSDB) protocolou representação no Ministério Público contendo denúncias sobre suposto esquema de cancelamento de multas na Prefeitura, a que chamou de ‘máfia das multas’. Esse esquema privilegiaria secretários municipais e pessoas ligadas à administração municipal do prefeito Oswaldo Barba (PT).

Na denúncia apresentada ao Ministério Público, o parlamentar incluiu xérox de multas recebidas por secretários e diversas outras pessoas, além de reportagens que falam sobre o alto valor arrecadado em multas de trânsito na cidade de São Carlos.

Na época, a reportagem do Primeira Página teve acesso aos documentos apresentados ao Ministério Público, tais como guias lavradas com multas e recomendação do ex-secretário municipal de Transporte e Trânsito, Nilson Carneiro, a então funcionária da chefe de Divisão da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito, Rosely Guilherme, que anulasse multas de pessoas ligadas a cargos comissionados e vereadores.

 

No dia 6 de fevereiro de 2012, o promotor Luiz Carlos Santos Oliveira abriu inquérito para investigar as denúncias. Na época das denúncias, a Prefeitura afirmou que abriria uma sindicância para investigar as supostas irregularidades.

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eleitora
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10 anos atrás

O promotor deveria fazer o SAAE tampar os vazamentos de agua do SAAE pelas ruas, é um verdadeiro descalabro e desperdicio do dinheiro publico essa perda de agua, na rua joaquim eduardo catarino tem um vazamento de mais de 4 meses e ninguem doSAAE toma providencias,o vazamento pelo jeito vai fazer aniversario.

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