Papel da CPFL na cidade é questionado por vereadores
Uma moção de apelo do vereador Roselei Aparecido Françoso (PT), que pede à Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) melhorias no sistema de iluminação pública da cidade, motivou um debate entre os vereadores.
“Temos muitas lâmpadas queimadas no município, que terá muitas dificuldades de realizar a manutenção dessas lâmpadas em razão do número crescente. E não é manutenção apenas das lâmpadas”, salienta o vereador, que disse ainda que muitos postes estão apagados quando deveriam estar acesos, e acesos quando deveriam estar apagados.
Françoso faz referência a uma Resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que transfere das concessionárias de energia para os municípios os ativos de gestão do sistema de Iluminação Pública (IP); ativos que, em São Carlos, atualmente são de responsabilidade da CPFL.
Françoso defendeu a realização de uma Audiência Pública com a CPFL para dar explicações sobre a situação, no que foi seguido por vários vereadores: Salienta a ligação entre segurança e iluminação, ele agradeceu colegas que o apoiaram e demonstraram preocupação com a situação.
Equimarcilias de Souza Freire (PMDB) disse a Françoso: “Sou a favor da sua moção, mas ela está equivocada. Temos que fazer moção de apelo ao Procon e ao Ministério Público, porque a CPFL ganha por ponto iluminado; ela recebe da prefeitura, e não presta o serviço; ela está recebendo pelo ponto apagado nas ruas”, disse Freire, salientando que a transferência dos ativos para os municípios é uma resolução, e não uma lei. Segundo o vereador, cabe às Câmaras Municipais do País “terem vergonha na cara” e decidir se a transferência será feita ou não: “A gente vai assumir essa instalação que está aí e pegar dinheiro do nosso povo pra trocar [a iluminação pública]? Faço um apelo ao Procon”, afirmou Freire.
“Há uma série de esclarecimentos a ser dados. Está mais do que na hora de trazer aqui os responsáveis”, disse Ronaldo Lopes (PT).