PPL estuda lançar candidatos a deputado federal e estadual
Criado em 2012, o Partido Pátria Livre (PPL) passa por um processo de reorganização em todos os municípios do Brasil. A justificativa para esse reagrupamento é que a legenda foi oficializada no prazo-limite da validação da sigla, antes das eleições municipais.
Nesse período, o partido trabalha para agregar novas filiações para, depois, formalizar os diretórios municipais. “O partido estabeleceu um número mínimo de filiados no Brasil e São Carlos está bem próximo de alcançar essa meta para a nova organização do diretório local. A filiação, para o PPL é um ato de militância, em que há a contribuição financeira para a manutenção do partido e o militante precisa ter uma atuação na sociedade, seja num organismo do município ou de bairro”, explica a dirigente estadual do partido, Mirlene Severo.
Mesmo diante do cenário de reorganização, o partido se mobiliza em São Carlos e na região para lançar candidatos a deputado estadual e federal, como explica o vice-presidente estadual da legenda, o ex-vice-prefeito Emerson Leal.
“O objetivo do partido em São Carlos é lançar candidaturas próprias. Podemos lançar um candidato a deputado estadual e dar suporte a um candidato a federal do mesmo partido e até mesmo lançar candidatos à Assembleia e à Câmara”.
Leal, que na última eleição estadual concorreu pelo PDT e somou mais de 15 mil votos coloca seu nome à disposição do partido. Ele enalteceu a força política do professor José Benedito Sacomano, que pode formar a dobradinha do PPL em São Carlos. “O professor Sacomano é um quadro de peso no partido e não podemos desprezá-lo”, enalteceu.
O membro do diretório estadual do PPL, Leandro Severo, pondera que as candidaturas do partido dependem da reforma política, que abre discussão para a formação de coligações. “Se não houver coligações, o partido abre a possibilidade para as candidaturas majoritárias ao governo, ao senado e até à Presidência da República”, explicou. “Tudo está vinculado à reforma política, que nos últimos anos têm sido muito pontuais”, completou Leal.
DISCURSO – O partido tem adotado um discurso contrário à política econômica do governo Dilma Roussef. Para Leandro Severo, o atual governo não consegue atingir o mesmo índice de crescimento registrado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a 7% ao ano. “Em 2013, os índices apontam para um crescimento menor que 2%”, ressaltou.
Emerson Leal lembrou que o seu grupo político denunciou o desmonte do Brasil que acontecia durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e salientou que essa política tem sido adotada, novamente, pelo governo petista. “O Brasil vive um processo de desindustrialização, há uma concorrência desleal das empresas brasileiras com as empresas estrangeiras, o trabalhador perde o seu emprego, é uma situação que privilegia a especulação financeira, inviabilizando a produção nacional. Nesse quadro, vemos que é importante a mobilização contra essa política. O PPL veio com a proposta clara de mudar essa política econômica”, assegurou.
“O PPL veio com a proposta clara de mudar essa política econômica e só uma mudança dos rumos adotados pela presidente Dilma nos leva a discutir futuras alianças”, complementou Leandro Severo.