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Relatório da CPI da Dengue provoca divergência entre vereadores

17/11/2015 23h19 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Relatório da CPI da Dengue provoca divergência entre vereadores

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou os casos de dengue em São Carlos apresentou seu relatório final, na tarde de ontem, durante sessão da Câmara. O documento atestou as deficiências da administração municipal no combate à doença. Os vereadores criticaram as ações antes da epidemia e apontaram que se não ocorrerem ações efetivas, a cidade pode ser penalizada novamente.

O documento da Câmara ratifica que São Carlos registrou 20.029 casos de dengue e outras 21.278 notificações. “Em 2014 ocorreram 1.067 notificações e 368 casos confirmados [autóctones e importados] e dois óbitos. Verifica-se uma diferença gritante de um ano para outro. Fatos que deverão ser objeto de análise do promotor de Justiça”, atestou.

“Quanto à contradição dos números apresentados pela Prefeitura e pela Unimed verificamos que, enquanto a Unimed informa cinco óbitos e o sexto a confirma, a municipalidade informou que houve quatro óbitos. Entendemos que tais contradições deverão ser objeto de análise pelo Executivo para a devida apuração e orientação às secretarias envolvidas”.

Esse ponto do relatório despertou a ira no vereador Lineu Navarro (PT). Segundo ele, o documento foi mal feito. “Esse relatório foi inconclusivo. Não disse se a Prefeitura mentia ou falava a verdade. Mentir sobre saúde prejudica quem precisa de saúde”.

O relator Edson Fermiano (PR) defendeu a apuração. Ele disse que há um processo de investigação paralela com o promotor Oswaldo Bianchini Veronez Filho, no Ministério Público, e que todas as oitivas foram enviadas à Justiça.

OPINIÃO – O presidente da CPI, Equimarcílias Freire (PMDB), rebateu as acusações do petista. Ele argumentou que o relatório deixou claro que a Prefeitura tentou esconder a epidemia e que o caso veio à tona, após as divulgações da Unimed. Freire endossou as palavras de Fermiano ao afirmar que o Ministério Público não está inerte no caso. “A CPI nos trouxe números reveladores. Um deles mostrou que a Unimed gastou R$ 3 milhões além do previsto em Orçamento com dengue e a Prefeitura outros R$ 4 milhões para o trabalho corretivo. Se não houver uma resposta da limpeza pública nesse ano, poderemos ser vítimas, novamente, de uma epidemia”, alertou.

A Prefeitura e o Ministério Público devem receber o relatório da CPI da Câmara.

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